GRATA

27 de nov. de 2015


E o thanksgiving passou, aquele dia maravilhoso de poder agradecer por tudo de bom que acontece na sua vida. As coisas ruins a gente não agradece, né? Sei lá, acho isso meio errado. Eu sou grata por tudo que acontece comigo... pelo menos tento ser. Até as coisas ruins, porque querendo ou não elas me ajudam a me tornar uma pessoa melhor. Não é como se eu tivesse passado por vários perrengues na minha vida, mas nesse dia de reflexão é sempre bom lembrarmos que, se não fossem pelas coisas ruins pelas quais passamos, não saberíamos dar valor pelas coisas boas.


SÍNDROME DO ESCRITOR

1 de nov. de 2015

Eu escuto mil vozes dentro da minha cabeça.

Eu não sou louca — pelo menos, eu acho que não. Eu gosto de pensar que eu sofro da síndrome do escritor. Eu não pesquisei isso na internet, então não sei se isso existe de verdade. Na verdade, "criei" essa síndrome durante o banho, enquanto dava espaço para mais uma dessa vozes tomar conta de mim e reproduzir diálogos imagináveis enquanto a água caía sobre minha pele.

Para mim, a síndrome do escritor é quando o escritor se vê obrigado a lidar com essas vozes na cabeça dele; esses personagens. São vários personagens que ficam se atropelando, querendo ter as vozes deles escutadas de qualquer jeito. Aí o escritor, coitado, se vê obrigado a sentar por horas na frente do computador e tentar passar para um documento do Word tudo que o personagem está disposto a contar: todos os diálogos, todas as aventuras as quais ele passou, todos os romances... Tudo isso para, no final do dia, ver se essa voz dá algum descanso para ele.

Isso acontece frequentemente comigo. É por causa dessas vozes que ficam se atropelando que eu nunca consigo terminar uma história. Elas falam, falam, falam e, de repente, se calam. Somem por algumas horas ou alguns dias. As vezes, nunca mais voltam. De repente, quando você menos esperar, uma outra voz vai surgir querendo contar a história dela. Foi assim com a Loiane, com a Magda, com a Rosie e com uma outra personagem cuja sumiço tem tanto tempo que eu nem lembro mais o nome dela.

Eu não sou louca, eu apenas tenho uma imaginação fértil demais para o meu próprio bem. 

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