VEM, 2014. Seu lindo!

15 de dez. de 2013

Como de costume, todo final de ano eu faço um vídeo com a retrospectiva do meu ano. É uma tradição boba que começou em 2011 e que faz com que eu perceba o quão bom o meu ano foi e foque em tudo de bom que aconteceu nele (que eu tenha lembrado de captar em vídeo rs).


Aproveito para deixar aqui, agora, algumas semanas antes do final do ano, as minhas resoluções para esse novo ano que vai chegar:

2014:

1. Praticar pilates pelo menos 2x por semana
2. Praticar yoga pelo menos 3x por semana
3. Andar de bike/skate/patins no final de semana
4. Vencer um medo
5. Escrever uma história que tenha início, meio e fim
6. Aproveitar o intercâmbio o máximo possível
7. Tirar boas notas
8. Fazer pelo menos 3 novas amizades.
9. Levar o Thales para assistir “O Fantasma da Ópera”
10. Ler pelo menos 10 livros.
11. Comer mais salada.
12. Me importar menos com as pessoas e mais comigo mesma
13. Tentar falar menos.
14. Fazer uma viajem inesquecível.
15. Esquecer a dieta.
16. Me amar mais.
17. Ser feliz.

Enfim, é isso. Ao mesmo tempo que eu quero que 2014 não chegue (não quero ter que ficar longe do meu namorado e nem da minha família), não vejo a hora de ver como é que vai ser tudo, sabe? A faculdade, as pessoas, o que eu vou aprender... Acho que vai ser um ano cheio de altos e baixos. Que 2014 me dê muitapaz de espírito para saber lidar com tudo isso.

UM PONTO FINAL EM NÓS DOIS

29 de nov. de 2013

Era noite de um sábado e eu ia te ver. Cinco anos depois de tudo ter começado, íamos por um ponto final na nossa história. Ou reticências. Na verdade, nada disso importava. Eu ia te ver.

Eu esperei muito por isso, sabe? Foram 1,825 dias de sonhos feitos e desfeitos, de choros e sorrisos, de conversas por telefone e por msn. Eu não era a mesma garotinha de 14 anos e você não era o mesmo menino de 17, mas cada vez que nos falávamos, parecia que o tempo parava e por um minuto voltávamos a ser quem éramos. Se eu fechasse bem os olhos, parecia que estávamos juntos novamente.

Te encontrei na esquina da casa da minha melhor amiga, me esperando encostado sob o seu carro novo. Quando você me viu, deu um sorriso gigante e eu te dei dois beijinhos no rosto. Engraçado, pensei. Achei que estaria cheia de borboletas no estomago...

Tentávamos nos decidir sobre o que faríamos enquanto dirigíamos sem rumo. Seu medo de alguém te encontrar comigo e falar tudo para a sua namorada estava ali, escondido entre as sugestões nervosas que dava.  Não era certo com ela, coitada, mas esperei tempo demais por isso e nenhuma culpa poderia tirar o sorriso que eu tinha no rosto. Decidimos ir ao cinema ver qualquer coisa que estivesse passando. Conversamos sobre a vida no caminho e não nos tocamos durante o filme.

O filme acabou. Acho que me dei conta, bem de leve, que a nossa história também tinha acabado, porém, não tinha forças para admitir isso para mim mesma. Principalmente depois que você disse que estar comigo te lembrava dos melhores momentos da sua vida. Como eu poderia responder a isso? Entramos no carro e ficamos mudo até chegarmos na entrada do meu prédio.

“Desculpa se você achou que algo ia acontecer essa noite. Não quero te iludir.”
“Relaxa, não achei nada. Eu te conheço”
“Não, Camile. Você me conhecia.”
“Sei que você não faria isso com a Marcela. Você não é homem dessas coisas e, honestamente, eu não sabia o que esperar. Acho que agora podemos ser amigos, né?”

Ele riu. Saímos do carro e nos abraçamos. Nesse momento começou a chuviscar de leve. Que clichê, falei pra mim mesma. Ele começou a chorar e eu, embalada pelas suas lágrimas molhando a minha blusa preferida e pela leve chuva, me entreguei também. Nos separamos e seus lábios procuraram o meu. Cinco anos de dúvidas e anseios respondidos em menos de cinco minutos. Fomos para o banco de trás do carro.

“Não consigo. Foi mal.”
“Relaxa,” disse levemente frustrada. Já estávamos sem roupa e ele para no meio do caminho? Quem faz isso?
“Você quer apagar essa noite da sua cabeça?”

Pensei por um minuto. Não sabia quais seriam as consequências dessa noite. Ele poderia ter se tocado que eu sou o amor da vida dele, largar a namorada e voltar para mim ou poderíamos nos tornar amigos e seguir com as nossas vidas. De qualquer maneira, havia esperado muito tempo por essa noite; por essa confirmação dos nossos sentimentos. Isso não poderia ter sido em vão.

“Não.”

Me deitei em seu colo e ficamos ali por uns bons 15 minutos, até botarmos as nossas roupas de volta e sairmos do carro. Ele me deixou na portaria e me deu um beijo na testa. Disse que me ligaria no meu aniversário, na quarta. Respondi que ficaria no aguardo. Entrei no meu prédio e me virei a tempo de ver ele pisando no acelerador e indo embora. Acho que no fundo eu já sabia que aquela seria a última vez que o veria e por isso deixei escapar uma lágrima dos meus olhos.

Alguns dias depois ele me mandou uma mensagem no celular falando que aquilo tudo não passara de um desejo e que nunca mais ia voltar a acontecer. Não chorei. Pelo contrário: a prepotência dele de se achar tão importante fez com que eu risse da situação. Mandei uma resposta mal-educada no Facebook dele e cortamos qualquer relação que tínhamos. Botamos um ponto final na nossa história repleta de vírgulas e reticências. Hoje, alguns anos depois, posso analisar bem a situação e ver que eu estava completamente apaixonada pela ideia dele. O meu primeiro namorado; primeiro amor; primeira paixão; primeira transa; primeiro “eu te amo”... Eu era apaixonada por quem ele era aos 16 anos. O menino de 22 anos com quem eu estive no carro era um estranho pra mim. E eu já sabia disso quando o vi, só não tinha forças para acreditar nisso.


Minhas amigas me perguntaram se eu me arrependi de algo. A resposta veio na hora: não. Se não fosse a prepotência dele, poderia ainda estar apaixonada por uma idealização da minha cabeça. O lobo mau disfarçado de príncipe finalmente mostrou as suas caras e a máscara caiu e se quebrou. Sou grata a ele. Ele me fez evoluir como pessoa. Precisava disso para poder evoluir nas minhas relações, sabe? Me libertar da ideia dele. Hoje, seu fantasma não me aterroriza mais. Aliás, quero deixar aqui os meus parabéns para ele e a Marcela pelo noivado. É honesto e de coração. Que sejam felizes, porque eu com certeza já sou.

SER "PLUS" NOS DIAS DE HOJE

17 de nov. de 2013

Recentemente a revista Cosmopolitam fez uma matéria falando sobre a nova linha de roupas da supermodelo "plus size" Robyn Lawley (link aqui). Foi aí que começou o bafafá.


Segundo a Cosmo (e o resto do mundo da moda), isso aí em cima é ser "plus". Ter um corpo  aparentemente normal e saudável, é ser "plus". Se você não se parece com isso, você também é "plus". O mundo inteiro então é "plus", só essas 1% que desfilam é que são o padrão de beleza ideal (segundo essas revistas). Modelos como a Robyn e a (lindíssima) Kate Upton são consideradas "plus" e o resto é que é "normal". Vou te falar uma coisa, se elas são "plus", eu sou mórbida.

É por conta de um padrão estético ridículo imposto por revistas e grifes de moda, que hoje tem várias meninas que sofrem de anorexia e bulimia, sempre em busca do corpo que a sociedade diz que é aceitável. Queria poder voltar para os anos 1950 e 1960, onde ser magra, na verdade, era considerado algo ruim. Barriga negativa então nem se fala. Uma época onde a maior estrela hollywoodiana ever não era magrela e era considerada uma sexy symbol (sim, estou falando de você, Marilyn).
Beijinho no ombro para a barriga negativa
Infelizmente, os tempos são outros. Dietas "infalíveis" que prometem eliminar gordurinhas em questões de semanas são o principal atrativo das revistas de corpo (tipo a Shape, Corpo a Corpo entre outras). O que aconteceu com ser saudável e feliz? Tipo, não vou ser hipócrita e falar que ser magra é algo feio ou ruim hoje em dia, porque não é. Não acho. Acho o corpo das meninas da Victorias Secret muito bonito, por exemplo. O que me irrita mesmo é essas classificações dadas pelo mundo da moda, rotulando as pessoas que aparentam ser saudáveis em "plus", instruindo assim um mundo repleto de meninas com transtornos alimentares.

Isso foi algo que eu decidi fazer ontem. Não comecei #projeto nenhum. Quero buscar a melhor versão de mim mesma. Quer ser saudável e ser feliz, independentemente do meu peso. Tô um pouco acima do meu peso ideal? Estou. Mas acima de ver um certo número na balança, quero poder buscar ter uma vida melhor e mais saudável. Não vou ficar me matando porque comi um hambúrger no final de semana. Vou comer o que me der na telha, contanto que eu faça tudo de maneira saudável.

Eu sou mais ser normal e saudável do que ser magrela e modelo. Sou mais ser uma Robyn Lawley ou Kate Upton, do que ser uma Adriana Lima. Meu corpo não ficaria legal magricelo. Existem muitas coisas que devemos levar em conta, não apenas um número. 

O MIMIMI DA "FALTA DE EMPREGO"

18 de out. de 2013

Todo mundo adora afirmar que não temos emprego no Brasil (ou no mundo, diga-se de passagem). Enquanto alguns dizem que a crise é a culpada, outros falam que o problema é a idade. Pessoas que fazem 4 anos ou mais de faculdade e dizem que não conseguem encontrar algo na área em que se especializaram. Bom, pra mim isso é tudo um monte de mimimi.

Ontem fui na lanchonete da minha faculdade, onde fui mal atendida. Depois de ver um bando de gente que estava atrás de mim receber o mesmo pedido que o meu ANTES, lembrei a moça do meu pão na chapa. Esta, me pediu calma, virou de costas e ficou falando com a colega "aff, tá com pressa e que não sei o que..." Isso por que o meu pedido foi feito antes de o de muita gente e eu estava ali pacientemente esperando. Conclusão da história: ela me deu o meu pão de má vontade e ainda ficou falando quando eu saí, como se eu estivesse errada.

Vemos isso em tudo quanto é lugar aqui pelo Rio. São vendedoras (e bancários, e recepcionistas, e vários outros "es") que acham que estão fazendo um favor a nos atenderem, profissionais de obra que não cumprem as coisas no prazo, secretárias que saem mais cedo... Quando ficam sem emprego, adoram culpar a empresa ou o mercado, nunca olhando para o próprio "rabo". Será que a culpada é a empresa? Será que você, querido profissional do mercado, não fez absolutamente nada para merecer isso? Logo você que atende todos com um sorriso no rosto, é gentil, está sempre pronto para ajudar, é pontual... Será que você é realmente tudo isso que acha ser?

As pessoas acham que por terem um nível superior completo ou por estarem empregadas em algum lugar, não precisam ficar se especializando quando, na verdade, todos nós precisamos estar constantemente atualizados nas coisas que o mercado procura. Isso não vale só para o engenheiro mecânico não! Isso vale para todos os profissionais, de todas as áreas, independentemente de buscarem uma carreira ou não.

"Ah, mas é caro ficar fazendo cursinho para se especializar..." Bom, meu pai sempre disse que o derrotado sempre procura desculpas para justificar a sua derrota. Não tá podendo investir em um curso no momento, a Internet está aí pra isso. Hoje, existem vídeos no Youtube que ensinam de tudo: de aula de inglês à como consertar um teclado de computador ou mexer no photoshop. Se você trabalha em algo menos técnico, sorria e procure maneiras de se diferenciar de seus colegas de trabalho. Tenho certeza que se você trabalha em uma loja (ou na lanchonete da universidade), sorri e procura sempre dar o seu melhor, os clientes começaram a te destacar dos demais, seu supervisor irá perceber, e, além de você manter o seu emprego por mais tempo, você poderá ganhar até uma promoção. Um pouco de bom-humor e uma boa prestação de serviços pode mudar muita coisa. Os clientes (e o mundo!) agradecem!

O REVOLUCIONÁRIO DO SUBÚRBIO E A PATRICINHA DO METRO


Ele. Estação Cinelândia. 13:30

Pedro entrou e procurou um lugar para sentar. Não estava cheio (algo inédito no metro sentido Pavuna) e por isso encontrou logo um, de frente para uma garota de longos cabelos castanhos e pele branquinha. Ficou encantado. Ela carregava sua bolsa sob seu colo e escutava música pelo celular. Parecia estar em um outro lugar e por um segundo ele queria poder ir com ela. Desviou o olhar quando a menina olhou para ele, e tirou do bolso da sua calça jeans rasgada um panfleto sobre a manifestação que teria mais tarde. Ele iria, claro! Não aguentava mais esse sistema capitalista cheio de porcos imundos explorando a sociedade e seus trabalhadores. Ele era do time de pessoas que queriam mudar o sistema. Passou a vida toda vendo os pais trabalharem até tarde da noite para poderem dar um bom sustento para ele e para a sua irmã, e nunca serem valorizados. Voltou a olhar para a menina que agora o encarava com uma expressão estranha. Seria medo? As pessoas costumavam falar que ele assustava de primeira, com seus cabelos loiros ondulados e bagunçados e sua barba grande. Resolveu que deveria tentar falar com a garota, mas como? Ela obviamente vinha de um mundo onde as coisas eram dadas, merecidamente ou não. Ele lutava exatamente contra esse mundo em que ela vivia. Nunca ia dar certo. 

Quando chegou na estação Maracanã, ela se levantou, sorriu para ele e foi embora.

Ela. Estação Cinelândia. 13:30

Catarina tirou o Iphone do bolso e botou The Smiths para tocar. Era aquela música, daquele filme, uma que ela não sabia a letra toda, mas que adorava cantarolar por aí. Nem percebeu quando um menino alto, loiro e barbudo entrou no mesmo vagão que ela e sentou na sua frente. Só foi percebe-lo, quando sentiu uns olhos verdes à observarem. Achou engraçado a maneira como ele desviou o olhar, pegando um panfleto que estava no bolso da calça jeans rasgada dele e fingindo que nem a tinha notado. O panfleto falava sobre uma manifestação que ela tinha lido na capa de um jornal quando estava a caminho da faculdade. Sentiu medo por ele. A violência da polícia militar do Rio estava dando o que falar e havia boatos de que os radicais estavam sendo torturados. Ele parecia ser um desses radicais. "Próxima estação, Maracanã. Desembarque pelo lado direito." Essa era a sua estação. Queria poder admirar mais o menino, poder tentar entende-lo... quem sabe até falar com ele? Mas eles pareciam ser de mundos separados. Distantes. Nunca ia dar certo.

Quando chegou na estação Maracanã, ela se levantou, sorriu para ele as palavras que nunca iria dizer e foi embora. 

O QUE EU QUERO SER QUANDO CRESCER

16 de out. de 2013

Quando eu era mais nova, eu queria ser um bando de coisas. Até os meus dez anos, sonhava em ser médica, porque a minha mãe achava que era uma profissão muito bonita. Aos 14, achava que estava destinada a ir para São Paulo fazer direito na Mackenzie (oi?). Assim que fui morar com a minha mãe nos EUA, decidi que queria fazer faculdade de teatro. Depois de um tempo, moda. Até que, no meu terceiro ano, uma professora minha chegou e disse que o perfil da minha redação era bem jornalístico. "Hmm, tá aí. Nunca pensei nessa possibilidade." Minha escola possuía jornalismo, e então, no meu último ano, entrei para o The Burlingame B - o jornal da Burlingame High School. Desde então, sei exatamente o meu lugar no mundo.

No momento, estou fazendo jornalismo em uma faculdade carioca e estagiando na TV universitária. Graças a esse estágio, participei de um dos maiores eventos de jornalismo investigativo do mundo: o Global Conference of Investigative Journalism. Palavras não podem expressar a minha gratidão por ter feito parte daquela verdadeira aula a céu aberto. Jornalistas de todos os cantos do planeta, trocando ideias e aprendendo uns com os outros. Não era como se eu estivesse em uma conferência de advogados ou engenheiros, aonde existe toda uma hierarquia e uma maneira de falar com pessoas "superiores". Não, no jornalismo, todo mundo te cumprimenta com beijo no rosto e falam com você de igual para igual, independentemente se você está na Globo ou se você está em um estágio. Todo mundo se ajuda.

eu brincando de ser jornalista "profissa" rs

Nesse evento, meu futuro foi posto a prova quando tive que entrevistar um dos maiores nomes do jornalismo na atualidade: o Glenn Greenwald (foto acima). Para quem não sabe, ele foi o responsável por divulgar as informações que o Edward Snowden tinha consigo sobre as espionagens americanas em terras brasileiras e em outros lugares. Vendo a palestra do cara, pude ver toda a dedicação de quem se dedica a "mudar o mundo", afinal, jornalismo é isso. Quando chegou a hora de entrevistá-lo, fui lá para frente e participei de uma verdadeira briga de cachorro grande, disputando microfone com o repórter da Band e com outras pessoas que ficavam enfiando o seu gravador quase na cara do sr. Greenwald. Tremi, fiz as minhas perguntas e ainda segui o cara para fazer mais perguntas do lado de fora. Não posso levar todo o crédito também, dois meninos (um que estagia na rádio e outro no impresso) me ajudaram e acredito que fomos uma verdadeira equipe. Isso é outra coisa que eu admiro no jornalismo: esse constante trabalho em equipe que fazemos.

Enfim, falei, falei, falei e no final... não disse nada. Esse post (o primeiro!) é apenas para poder mostrar a apreciação que eu tenho por essa carreira linda que eu escolhi seguir. Amo cada minuto no meu estágio, amo cada minuto que estou atrás das câmeras ou na frente delas. Amo cada minuto que entrevisto alguém. Obrigada Comunicar por ter me proporcionado esse momento único na minha vida. Obrigada equipe, por serem os lindos que vocês são. Já dizia o poeta:

"Escolha um trabalho que você ame, e não terás que trabalhar um único dia em sua vida"

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