VAMOS FALAR SOBRE QUANTICO?

29 de out. de 2015

Algumas semanas atrás, em um domingo qualquer, estreiou na ABC a série Quantico. Série essa que já me deixou louca e obcecada e já virou a minha queridinha. Dêem uma olhada nessa previa de oito minutos do primeiro capítulo para vocês terem uma noção o porque de tanto amor.



Para quem não está afim de ver o vídeo, não está com tempo, ou quer apenas um resumo rápido sobre a história, aqui está: a série é passada entre o passado e presente/futuro graças a vários flashbacks que rolam nos episódios. A personagem principal se chama Alex Parrish e ela, assim como um bando de gente que vamos conhecendo no primeiro episódio, é uma recruta do FBI. No presente/futuro, vimos que ela conseguiu sim virar uma agente, porém ela agora está sendo acusada de ser terrorista. Vemos logo no primeiro episódio que não, ela não plantou a bomba. Mas então quem fez isso e por que estão tentando culpa-la?

Gente, é tipo um Pretty Little Liars para os adultos.

A série ainda está no quarto episódio da primeira temporada, então dá tempo de você começar a ver-la e não se sentir sobrecarregado/a com a quantidade de episódios que ainda tem pra assistir. Achei esse link aqui, mas não testei nada, então não garanto que funcione — mas assistam para gente poder ter algo para pitacar e, como foi com a A, tentarmos adivinhar quem é o terrorista de Quantico (quem quiser comentar aqui também sobre o quão badass a Alex é, pode ficar a vontade. Minha girl crush da vez #queroserassimquandocrescer #girlpower #motivação). 

A CULPA TAMBÉM FOI MINHA

27 de out. de 2015

A culpa também foi minha.

Eu poderia ter te segurado pelo braço; te impedido de ir embora; ter lutado mais pela gente. Eu poderia ter me dedicado mais a você; ter te escutado mais; ter sido mais presente; ter escolhido você. Eu poderia estar ainda ao seu lado, se não tivesse sido tão orgulhosa.

Eu poderia ter feito mil coisas diferentes do que ter apenas te culpado.

Eu te culpei por todas as vezes que eu queria chorar e você não estava por perto. Te culpei por todas as vezes em que marcamos algo e você cancelou. Te culpei por todas as desculpas esfarrapadas que você me deu. Te culpei todas as vezes que você falhou em ver o quão triste eu estava, quando eu te dizia que estava "tudo bem".

Não, não estava tudo bem. Ainda não está.

Eu sinto falta da nossa inocência; de como tudo era mais fácil quando estávamos no colégio; de quando morávamos perto; dos depoimentos no Orkut falando de coisas impossíveis, tipo "pra sempre".

O nosso pra sempre foi apenas um ano; um mês; um dia; um segundo.

Mas a culpa também foi minha.

SÓ SEI QUE NADA SEI

23 de out. de 2015

Meu tempo de inocente quando eu ainda nutria várias ilusões em relação a profissão

Eu amo jornalismo. Amo mesmo. Amo tanto que o primeiro post aqui no blog foi exatamente sobre isso. Mas olha, ultimamente tem sido difícil seguir querendo ser uma.

Tudo começou em junho deste ano quando a Editora Abril fechou um bando de revistas — inclusive a Capricho, favorita de muitas adolescentes — e, consequentemente, demitiu vários funcionários. Aí, dois meses depois, veio a notícia de que o jornal O Dia demitiu entre 30 a 40 jornalistas. No final do mesmo mês, a notícia de que o segundo jornal de maior circulação do país, O Globo, iria demitir ao menos 30 jornalistas — isso sem contar as demissões que rolaram no começo do ano. Aí, algumas semanas atrás, ficamos sabendo do afastamento de um dos criadores do Globo News (cujo nome me falha a memória no momento).

Em um dos grupos de jornalistas ao qual eu faço parte no Facebook, um menino veio falar que estava pensando em prestar vestibular para jornalismo e queria saber qual era o piso salarial da profissão. Confesso que achei a pergunta tola porque jurava que era do entendimento de todos que jornalista não é valorizado e ganha uma merreca. Aparentemente não. Bom, o que aconteceu é que choveu comentários de jornalistas (e ex-jornalistas e aspirantes a jornalistas) falando para ele desistir dessa profissão, que se tem algo que eles recomendam é ele fazer alguma coisa — qualquer outra coisa! — menos isso, que não é vida, que o maior arrependimento deles é ter feito isso... Como Facebook é Facebook e sempre rola uma treta, várias pessoas falaram que essas pessoas estavam desencorajando o menino, que eles não gostaram da vida de jornalista e agora estavam amargurados etc. Eu fiquei ali, na minha, só acompanhando a treta e lendo os pitacos de todos. 

Curiosamente, há algumas semanas atrás, um casal de jornalistas de São Paulo que estavam visitando D.C. a passeio foram ao restaurante o qual eu estou trabalhando e começamos a conversar. A mulher trabalhou por vários anos na Folha e estava hoje em dia no Valor Econômico. Seu marido era jornalista do Valor também. Perguntei a opinião sincera deles sobre essa crise que estava rolando no jornalismo. Disse que falava três línguas e meia e sempre me apoiei nisso como garantia de conseguir trabalho (o que eu sei que não é). Ele me disse que para as pessoas que estão saindo da faculdade agora, existe mercado; para os mais experientes, não. O porque é simples: as empresas não estão dispostas a pagarem o que os profissionais experientes merecem e se contentam em pagar uma mixaria aos novatos, que precisam de experiência e estão dispostos a topar tudo. 

Isso é um ciclo vicioso que só prova o quão desvalorizada a profissão está. Hoje em dia, qualquer pessoa pode ser considerada jornalista. Principalmente agora, que nem temos mais a obrigatoriedade do diploma, basta você criar um blog/um canal no youtube/um twitter que você também pode ser considerado parte dessa profissão. É simples e é algo barato para as empresas, que continuam obtendo estagiários recicláveis. Acabou o tempo de um? Sem problemas, só anunciarmos vagas que vão chover opções. 

O que isso significa para o jornalista com anos de experiência? Para o estudante de jornalismo? Para a profissão? Perguntas as quais eu não tenho resposta e que, honestamente, desanimam muito a pessoa que fica quatro anos (as vezes até mais) estudando uma arte para... nada. Tenho amigos que se formaram/vão se formar, mas não pensam mais em exercer. E por que deveriam? A profissão é ingrata, você se mata de trabalhar por horas para não ganhar nem R$ 3.000,00 por mês (o que não é nada hoje em dia), tem que por a profissão sempre em primeiro lugar, muitas vezes só consegue trabalhar se conhecer alguém e raramente é reconhecido por todo o esforço e suor.

Eu costumava achar que sempre haveria espaço para quem realmente tem vocação para a coisa, quem ama e está determinado a correr atrás do que quer. Do jeito que as coisas andam, eu só sei que nada sei.

SOBRE A DELÍCIA DE SER QUEM SEMPRE FOMOS

18 de out. de 2015

Eu não mudo.

Amadureço, claro. Mas, lá no fundo, eu não mudo — continuo a mesma pessoa que era aos 14/15/16 etc. Parei para analisar isso olhando minhas fotos antigas no fotolog (não precisamos linkar porque ninguém é obrigado, né minha gente) e vendo que, deep down, eu continuo a mesma "poia," "mongol" de sempre. Eu tento melhorar, ser uma pessoa melhor, mas a minha essência continua a mesma. Sempre.


Vejam essa foto acima, por exemplo. Eu tinha 16 anos e estava indo para o meu segundo Prom (aquele baile que as escolas de ensino médio americanas têm) com o meu namorado da época. Eu estava no segundo ano e ele no último (para quem não sabe, são quatro anos de ensino médio aqui). Ele era aquele típico cara de filme, meio "too cool for school," popular, que ía em todas as festas, mais velho e jogava lacrosse. E eu era... bem, eu era eu. Não era super popular, não era líder de torcida, tinha amigos normais e uns não tão normais assim — era amiga de (quase) todos. Eu não tinha absolutamente nada de especial ou de fora do comum, mas mesmo assim namoramos. Eu nunca fiz questão de esconder quem eu era ou de fazer pose pra ninguém, e vai ver que, em uma escola onde todos queriam ser "cool," eu acabei me destacando pra ele. Nesse dia mesmo, acabou que não deu tempo para eu fazer o meu cabelo ou a minha maquiagem com profissionais, então  eu mesma fiz a maquiagem mas básica do mundo em mim (dá até a impressão que eu estou com cara lavada o que, na época, não estava na moda), prendi o meu cabelo com uma piranha e, como no meio do baile fiquei com o pé cansado por causa do salto, tirei o meu sapato e passei mais da metade da festa assim, descalça. Na hora da foto, nem me toquei que estava sem sapato e tirei a foto assim mesmo, meio "avacalhada". 

Eu gosto muito dessa foto. Muito mesmo. Acho que ela representa tudo que eu sou perante a sociedade. Enquanto o Evan está ali, parado, fazendo pose, todo sério, eu estou do lado dele, sorrindo, descalça e com o meu cabelo e maquiagem completamente na vibe faça-você-mesma. Eu nunca quis seguir padrões pré-estabelecidos por ninguém que não seja eu mesma, e eu sou feliz assim. Vou na contramão mesmo e não me importo se eu pareço uma completa idiota para as pessoas certinhas e chatas ao meu redor.

Eu falo palavrão, não sou super feminina, sou prática, sou basic, não tenho classe, não sei ser fina... mas vou te falar, eu prefiro ser essa mesma pessoa que sou há anos, do que ser um Evan da sociedade. Ser uma Carolina é bem melhor.

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