BC: SOBRE O PITACOS

16 de out. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.

Eu sempre bloguei. Como já disse antes, eu sempre tive blogs e sempre tive a mania de ficar achando que a minha opinião valia muita coisa e que deveria ser compartilhada. Sempre fui uma comunicadora e wannabe formadora de opiniões - logo, perfeita para a profissão que escolhi. Aliás, foi por causa dessa profissão que eu decidi começar a postar de novo.

Antes eu tinha um blog de moda chamado Mi Chiamo Moda (que voltou essa semana, galere) e entre os vários looks do dia e tal, vi que eu sentia falta de expressar a minha opinião sobre outros assuntos. Antos do MCM eu tinha um blog bem pessoal mesmo, o Colorful Scribbles, mas ele era em inglês. Era bem parecido com a proposta que eu tenho pra existência do Pitacos, que é ser o mais próximo possível com os blogs que eu tinha quando era pirralha (consequentemente com a proposta desse grupo amor chamado Rotaroots). O Pitacos é para ser uma coisa pessoal, bem minha mesmo, onde eu possa escrever os meus textos, postar minhas fotos, vídeos, o que quer que seja, sem essa pressão de ter que ficar atualizando todo dia ou toda semana. Acho que to conseguindo, né? rs

E o nome? Veio da onde? 

Bom, eu sempre curti a palavra "pitacos", não me perguntem o porque. Domingo é geralmente o dia em que a galera relaxa, se junta com os amigos ou com a família e senta para conversar - ou pitacar, no caso. Isso não significa que eu posto apenas nos domingos, nem nada do tipo, apenas que quis juntar uma das minhas palavras favoritas (e eu realmente dou opinião e pitacos sobre tudo) com o melhor dia da semana.

Ah! E esse tema do Rotaroots não poderia ter vindo em melhor hora. Há exatos 365 dias atrás, eu escrevia o primeiro post dele, aquele que eu mencionei logo no começo. Um brinde e muita saúde para você, bloguinho querido. Que venham mais 365 dias de muito amor e postagens! <3

ABOUT NY...

15 de out. de 2014

Esse fim de semana fui pra NY com a minha amiga francesa e, no domingo, aproveitei pra ver uma amiga da faculdade no Brasil que está por lá. Cheguei a conclusão que, definitivamente, eu absolutamente amo aquela cidade. Minha segunda cidade favorita das que eu já fui (só perde pro Rio, porque né.. Rio > resto do mundo). 




Por mais idas a NY e por mais fins de semana assim.

UMA FOTO NÃO VALE MIL PALAVRAS

13 de out. de 2014


A minha vida toda eu escutei falar que uma foto vale mais do que mil palavras e sempre acreditei nisso. Você falar que alguém falou algo é bem diferente do que mostrar isso.

Pois bem. Acho que podemos dizer que, em uma geração obcecada com a fotografia, onde todos tiram selfies e onde precisamos documentar cada segundo nosso, as fotografias não são mais prova de nada. Elas simplesmente servem para retratar algo que aconteceu, compartilhar na rede e pronto. Não ficamos mais olhando saudosamente para elas e lembrando dos momentos que passamos. Não. Hoje em dia, posamos, tiramos a foto, compartilhamos e vamos para o próximo evento, onde fazemos exatamente a mesma coisa. É um ciclo narcisístico sem fim.

Tá, mas de onde veio tudo isso?

Esse final de semana, fui para uma das minhas cidades favoritas no mundo todo com um grupo de amigos. Bom, tecnicamente, isso era para ter acontecido, já que estávamos todos em NY ao mesmo tempo. A verdade é que ficou eu e a minha amiga francesa juntas o tempo todo e os meninos foram fazer as coisas deles. Nos vimos 3 vezes no final de semana todo e isso porque uma vez foi sem querer. Planejamos essa viagem juntos desde o final do mês passado e quando chegamos lá, cada um foi para o seu canto e bye-bye. Quando nos encontramos, tiramos fotos (que, obviamente, foram postadas no Facebook) e depois voltávamos a nos separar. Se você ver apenas uma das fotos (a de cima), vai achar que tivemos o time of our lives com eles, indo para show da Broadway e nos divertindo muito, quando a verdade é que logo depois da foto ter sido tirada, cada um foi pro seu canto.

Hoje em dia, tiramos fotos para os outros e não para nós mesmos. Não nos importamos se, daqui há 20 anos, vamos olhar aquelas fotos e nos lembrarmos com carinho da situação que vivemos e compartilhamos com aquelas pessoas. Hoje em dia, a única coisa que importa é quem vai ver a foto e dar like. Isso é triste. Se antigamente uma foto valia mais do que mil palavras, hoje ela não vale nem duas curtidas.

4 MESES LONGE DE VOCÊ

5 de out. de 2014


A gente sente saudades das coisas mais ridículas.

Eu, por exemplo, sinto saudades do seu cheiro. Dizem que o olfato é um dos sentidos mais poderosos, porque faz com que a gente sempre lembre de uma situação ou de uma pessoa, baseada inteiramente no cheiro. Podemos esquecer como é o toque daquela pessoa, como é o gosto dos lábios dele na nossa boca, ou até do rosto dele. Mas nunca esquecemos o cheiro. E o seu cheiro é só seu. Não sei como explicar. É algo que eu amo e que ficou impregnado naquela sua camisa que eu trouxe comigo até ela ficar suja e eu ter que lavar-la. 

Também tenho saudades de quando a gente não fazia absolutamente nada. Isso é frustrante, porque eu reclamava muito disso. Todas as minhas amigas saindo nos finais de semana, altas festas rolando e você se recusando a sair de casa. "Amor, que mané sair. Vamos ver um filme". Eu reclamava, dizia que ia sair de qualquer jeito, mas no final eu sempre dava o braço a torcer e a gente ficava na sua casa, deitados ou na sua cama ou no seu sofá, vendo algum filme que você baixou ilegalmente depois deu tanto pedir. Eu sinto saudades dessa certeza que no final do dia, a gente não vai fazer nada e que, no final, vai estar tudo bem assim mesmo.

Sinto saudades de comer pizza da Parmê com você e depois reclamar do quanto eu estou gorda.

Sinto saudades de botar o meu nariz na sua covinha. Isso é idiota, mas é uma coisa tão nossa que não tem nem como eu não sentir falta. Que nem quando a gente fala que você precisa treinar o seu inglês, prometemos que só iremos nos falar em inglês de ali em diante e, no dia seguinte, já voltamos a falar em português de novo. Saudades dessas nossas contradições.

Contradições essas que, aliás, fazem a gente ser tão diferente. Você, que é todo realista e pé no chão. Que fica me dizendo "Amor, não é assim...", que as vezes não tem paciência para as minhas infantilidades (e olha que são muitas), que nunca entende os meus textos da maneira que eu quero e que fala que eu tenho que ler livros sérios. Saudades de falar "Aff" e ficar discordando de você.

Saudades de acordar de manhã e ver você, deitado ali na cama de baixo, com a boca fechada e seu cabelo de índio no rosto. Saudades de ficar te admirando por uns segundos, quietinha, até ficar entediada, pegar meu celular e começar a jogar. Até começar a ficar com fome (e mais entediada ainda) e ser obrigada a te acordar. Saudades de escutar você reclamar, pedir mais 5 minutos e fazer sinal para eu poder descer e ficar deitada com você.

Enfim, a gente saudades das coisas mais ridículas.
Mas a coisa mais ridícula que eu sinto falta, é de você.

OUTUBRO 2014

3 de out. de 2014


Setembro já foi, realizei praticamente tudo que queria pro mês e, num piscar de olhos, já estamos em outubro e já é dia nacional de "It's October 3rd". Com isso, aqui vai as metas para esse mês:

  • Terminar de ler "Como ter uma vida normal sendo louca" - Eu gosto do livro, é legalzinho, mas bem do lentinho. É realmente um guia para as mulheres problemáticas, então é bom para dar uma risada e tal. Quem sabe não faço uma resenha dele? Quando acabar, quero comprar "Quatro", que eu estou louca pra ler há um tempo e depois tenho que ver na lista o próximo (provavelmente Delirium).

  • Levar alimentação/saúde/fitness a sério (ou seja, ter disciplina) - Semana passada eu fiquei uma semana sem comer praticamente nenhuma besteira. Estava com a mente no lugar certo. Essa semana, não deu e isso me destrambelhou toda. Eu ganhei muuuuuuuuitos alguns quilinhos a mais desde que vim pro intercâmbio, e apesar de estar indo relativamente bem na academia, quero perder esses quilos extras. Pra isso, preciso ter disciplina. "Simples" assim.

  • Ser mais mulherzinha - Isso é péssimo, mas eu tenho muita preguiça de ser mulherzinha, apesar de amar quando estou com as unhas bem feitinhas, sobrancelha em dia e etc. Quero ver se consigo melhorar esse mês, criar um habito em relação a isso e assim, consequentemente, cuidar mais de mim.

  • Terminar a quinta temporada de TVD + começar a sexta - Estou muito atrasada com TVD. Ontem a sexta temporada já começou e só hoje que eu comecei a ver o segundo episódio da quinta rs. Já sei (mais ou menos) como acaba a quinta temporada, então quero começar logo isso pra saber o que acontece com meu mozão Damon #teamdelena. 

  • Terminar a terceira temporada de OUAT + começar a quarta - Confesso que OUAT nunca me prendeu taaaaaaaaanto assim. Gosto de algumas fases no começo, mas aí enjoo. Mas bem, comecei a ver a série por causa de Frozen (vício) agora na quarta temporada, mas to enrolando e ainda to na terceira. Preciso criar vergonha na cara e terminar logo isso.

Não tem muita coisa para esse mês, porque mês passado eu já consegui meio que organizar a minha vida. Dia 31 (hoelloween), volto aqui para atualizar esse post e ver o que eu consegui ou não alcançar. Caso deseje adicionar mais alguma coisa, eu aviso. Bjs vlw flw

2 de out. de 2014

Ela queria ir além. 

De segunda a sexta-feira ela passava sete horas do seu dia na faculdade de direito, algo que ela nunca quis. O resto do tempo ela passava trabalhando numa firma, no centro da cidade, vendo casos de clientes em que ela não acreditava e sendo assediada por um chefe que odiava.

Ela queria ir além.

Aos sábados e domingos, ficava acordada até tarde estudando a constituição. Quando saía, era com os falsos amigos que tinha. Ía para os lugares que eles queriam. Bebia até não se lembrar mais que sua suposta melhor amiga dava em cima do namorado dela, e que ele correspondia isso. Bebia até se esquecer que, quando saíssem da festa, seu namorado ia querer dormir com ela, a chamaria de um nome qualquer e ela fingiria que não ligaria para isso. Bebia até esquecer que ela, de fato, não se chamava "Belinha".

Ela queria ir além.

Era rica. Vinha de uma família de nome. A mãe era uma socialite e o pai um desembargador. Sempre teve tudo do bom e do melhor, mas mesmo assim ainda se sentia constantemente vazia. Estava constantemente cercada de pessoas que só queriam estar com ela pelo status. Não tinha ninguém que gostasse dela por ela. Algumas noites, chorava sozinha em seu imenso quarto branco. Chorava pela vida que poderia ter.

Ela queria ir além.

Um belo dia, ela acordou. Foi para a faculdade numa segunda-feira e nunca mais voltou. Trancou a matrícula. Pegou o dinheiro que tinha na conta do banco e comprou uma passagem de ida para Nova York. Cortou os longos cabelos loiros que tinha e tingiu eles de preto. Deixou o bronzeado ir embora. Conseguiu um emprego em uma lanchonete e um quarto no Brooklyn. Não tinha mais motorista particular; pelo contrário, agora ela ia para todos os lugares de bicicleta. Conheceu pessoas novas. Se apaixonou de verdade por alguém que não sabia quem ela era. Criou um novo nome, virou uma nova pessoa e deixou tudo para trás. Os pais ficaram loucos e a deserdaram. Ela não ligou. Estava morando em um quarto, tinha um gato laranja que se chamava Félix, um namorado mexicano, estava ilegal no país... mas pela primeira vez ela estava feliz.

Ela foi além.

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