MEME: SALDÃO DE 2014 + RESOLUÇÕES 2015

31 de dez. de 2014


Acabou. Em algumas horas, me despeço desse ano que só foi um lindo comigo. Eu realmente não tenho do que reclamar. Claro que não foi completamente perfeito (nada nunca é), mas foi grande e intenso e maravilhoso em quase todos os seus dias.

O que aconteceu em 2014?

Fiz a minha primeira tatuagem: doeu, mas não tanto quanto eu imaginei. Eu honestamente esperava que algo fosse mudar em mim depois de faze-la (ficar mais rebelde, V!dA L0Ka, sei lá), mas nada aconteceu a não ser ter agora em meu corpo, pra sempre, algo que simboliza o meu amor pela minha cidade e pelo meu país, que eu estou querendo fazer desde os 16 anos. Home is where the heart is, don't forget.

Cortei meu cabelo estilo "pixie": me recuso a falar "Joãozinho" (quando eu lembro que me recuso a falar a palavra, o que não é sempre rs). Sempre quis cortar meu cabelo bem curtinho assim e esse ano juntei coragem o suficiente para realizar esse meu sonho capilar. 

Comecei o intercâmbio: em agosto, vim aqui para Washington D.C. começar um novo capítulo da minha vida. Para esse ano, disse que queria aproveitar o máximo possível essa fase, e bem, depois de ir para NY com minha migs francesa aqui e ter mil e um planos para o próximo ano, posso dizer que eu estou aproveitando isso bem.

Li 50 livros: parte da minha resolução para esse ano foi ler "pelo menos 10 livros". Bom, ganhei meu kindle em janeiro e não consegui mais parar hehe. Desses 50, 45 foram no meu querido e-reader. Meus preferidos foram a série Vampire Academy, Stepbrother Dearest, os dois primeiros livros da série dos Dollangangers (Flowers in the Attic e Petals on the Wind) e The Selection.

Venci meu medo do escuro/ficar sozinha: isso também fez parte das minhas resoluções para esse ano. Eu sempre tive medo de ficar sozinha em casa (não em apartamentos, para deixar isso claro. Tem diferença), justamente por causa do meu medo de escuro. Pois bem, esse ano minha mãe e o meu padrasto foram para a Copa e eu fiquei sozinha na minha casa antiga lá em Burlingame. Eu só tinha duas opções: ou encarar tudo de frente, ou encarar tudo de frente.

Apresentei um programa da TV PUC: eu não nasci para ser âncora do Jornal Nacional. Eu nasci (creio eu) para ser repórter e olhe lá. Ter a responsabilidade de apresentar qualquer coisa me deixa nervosa e eu me acho desengonçada e sei lá. Não nasci para isso. Mas esse ano, finalmente apresentei um programa do meu antigo estágio, o Antena Coletiva. Fiquei nervosa na hora de gravar, o TP ia mais rápido do que eu conseguia ler, não sabia o que fazer com as minhas mãos, tremia... mas fiz. Quem quiser ver esse desastre, é só clicar aqui.


De 17 resoluções para esse ano, realizei 10 (ok, não levei o Thales para ver "O Fantasma da Ópera", mas levei ele para dois musicais da Broadway, então serve). Como eu disse no começo e como eu acho que consegui passar pelo vídeo, foi um ano lindo para mim. Foram shows atrás de shows (shows esse ma-ra, por sinal), muita cerveja, risada, amizades novas e, claro, amor. Vai ser difícil 2015 ser melhor do que esse ano, mas eu sei que ele vai ser ma-ra já do início. Para começar, duas amigas minhas vem pra DC me fazer cia. e depois eu vou lá pra NY encontrar com elas e mais 2 amigas. Em fevereiro, vou pro Mardi Gra com a Deborah e pro meu spring break... bom, isso é melhor deixar para depois haha.

Para 2015:

- Passar meu record atual de livros lidos no ano
- Fazer uma viagem sozinha para algum lugar aqui nos EUA
- Fazer minha segunda tatuagem
- Ligar mais para a minha saúde (porque não basta ficar fit e magra, saúde é o que realmente importa)
- Aprender a ser mais independente
- Me organizar mais
- Focar mais no espanhol e tentar ficar o mais fluente possível
- Manter contato com os amigos do intercâmbio quando este acabar
- Terminar de escrever uma história

Não tenho muito o que pedir. O que for para acontecer, acontecerá quer eu queira ou não. No final, tudo depende da gente.

Que venha 2015!

BC: SOBRE O PITACOS

16 de out. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.

Eu sempre bloguei. Como já disse antes, eu sempre tive blogs e sempre tive a mania de ficar achando que a minha opinião valia muita coisa e que deveria ser compartilhada. Sempre fui uma comunicadora e wannabe formadora de opiniões - logo, perfeita para a profissão que escolhi. Aliás, foi por causa dessa profissão que eu decidi começar a postar de novo.

Antes eu tinha um blog de moda chamado Mi Chiamo Moda (que voltou essa semana, galere) e entre os vários looks do dia e tal, vi que eu sentia falta de expressar a minha opinião sobre outros assuntos. Antos do MCM eu tinha um blog bem pessoal mesmo, o Colorful Scribbles, mas ele era em inglês. Era bem parecido com a proposta que eu tenho pra existência do Pitacos, que é ser o mais próximo possível com os blogs que eu tinha quando era pirralha (consequentemente com a proposta desse grupo amor chamado Rotaroots). O Pitacos é para ser uma coisa pessoal, bem minha mesmo, onde eu possa escrever os meus textos, postar minhas fotos, vídeos, o que quer que seja, sem essa pressão de ter que ficar atualizando todo dia ou toda semana. Acho que to conseguindo, né? rs

E o nome? Veio da onde? 

Bom, eu sempre curti a palavra "pitacos", não me perguntem o porque. Domingo é geralmente o dia em que a galera relaxa, se junta com os amigos ou com a família e senta para conversar - ou pitacar, no caso. Isso não significa que eu posto apenas nos domingos, nem nada do tipo, apenas que quis juntar uma das minhas palavras favoritas (e eu realmente dou opinião e pitacos sobre tudo) com o melhor dia da semana.

Ah! E esse tema do Rotaroots não poderia ter vindo em melhor hora. Há exatos 365 dias atrás, eu escrevia o primeiro post dele, aquele que eu mencionei logo no começo. Um brinde e muita saúde para você, bloguinho querido. Que venham mais 365 dias de muito amor e postagens! <3

ABOUT NY...

15 de out. de 2014

Esse fim de semana fui pra NY com a minha amiga francesa e, no domingo, aproveitei pra ver uma amiga da faculdade no Brasil que está por lá. Cheguei a conclusão que, definitivamente, eu absolutamente amo aquela cidade. Minha segunda cidade favorita das que eu já fui (só perde pro Rio, porque né.. Rio > resto do mundo). 




Por mais idas a NY e por mais fins de semana assim.

UMA FOTO NÃO VALE MIL PALAVRAS

13 de out. de 2014


A minha vida toda eu escutei falar que uma foto vale mais do que mil palavras e sempre acreditei nisso. Você falar que alguém falou algo é bem diferente do que mostrar isso.

Pois bem. Acho que podemos dizer que, em uma geração obcecada com a fotografia, onde todos tiram selfies e onde precisamos documentar cada segundo nosso, as fotografias não são mais prova de nada. Elas simplesmente servem para retratar algo que aconteceu, compartilhar na rede e pronto. Não ficamos mais olhando saudosamente para elas e lembrando dos momentos que passamos. Não. Hoje em dia, posamos, tiramos a foto, compartilhamos e vamos para o próximo evento, onde fazemos exatamente a mesma coisa. É um ciclo narcisístico sem fim.

Tá, mas de onde veio tudo isso?

Esse final de semana, fui para uma das minhas cidades favoritas no mundo todo com um grupo de amigos. Bom, tecnicamente, isso era para ter acontecido, já que estávamos todos em NY ao mesmo tempo. A verdade é que ficou eu e a minha amiga francesa juntas o tempo todo e os meninos foram fazer as coisas deles. Nos vimos 3 vezes no final de semana todo e isso porque uma vez foi sem querer. Planejamos essa viagem juntos desde o final do mês passado e quando chegamos lá, cada um foi para o seu canto e bye-bye. Quando nos encontramos, tiramos fotos (que, obviamente, foram postadas no Facebook) e depois voltávamos a nos separar. Se você ver apenas uma das fotos (a de cima), vai achar que tivemos o time of our lives com eles, indo para show da Broadway e nos divertindo muito, quando a verdade é que logo depois da foto ter sido tirada, cada um foi pro seu canto.

Hoje em dia, tiramos fotos para os outros e não para nós mesmos. Não nos importamos se, daqui há 20 anos, vamos olhar aquelas fotos e nos lembrarmos com carinho da situação que vivemos e compartilhamos com aquelas pessoas. Hoje em dia, a única coisa que importa é quem vai ver a foto e dar like. Isso é triste. Se antigamente uma foto valia mais do que mil palavras, hoje ela não vale nem duas curtidas.

4 MESES LONGE DE VOCÊ

5 de out. de 2014


A gente sente saudades das coisas mais ridículas.

Eu, por exemplo, sinto saudades do seu cheiro. Dizem que o olfato é um dos sentidos mais poderosos, porque faz com que a gente sempre lembre de uma situação ou de uma pessoa, baseada inteiramente no cheiro. Podemos esquecer como é o toque daquela pessoa, como é o gosto dos lábios dele na nossa boca, ou até do rosto dele. Mas nunca esquecemos o cheiro. E o seu cheiro é só seu. Não sei como explicar. É algo que eu amo e que ficou impregnado naquela sua camisa que eu trouxe comigo até ela ficar suja e eu ter que lavar-la. 

Também tenho saudades de quando a gente não fazia absolutamente nada. Isso é frustrante, porque eu reclamava muito disso. Todas as minhas amigas saindo nos finais de semana, altas festas rolando e você se recusando a sair de casa. "Amor, que mané sair. Vamos ver um filme". Eu reclamava, dizia que ia sair de qualquer jeito, mas no final eu sempre dava o braço a torcer e a gente ficava na sua casa, deitados ou na sua cama ou no seu sofá, vendo algum filme que você baixou ilegalmente depois deu tanto pedir. Eu sinto saudades dessa certeza que no final do dia, a gente não vai fazer nada e que, no final, vai estar tudo bem assim mesmo.

Sinto saudades de comer pizza da Parmê com você e depois reclamar do quanto eu estou gorda.

Sinto saudades de botar o meu nariz na sua covinha. Isso é idiota, mas é uma coisa tão nossa que não tem nem como eu não sentir falta. Que nem quando a gente fala que você precisa treinar o seu inglês, prometemos que só iremos nos falar em inglês de ali em diante e, no dia seguinte, já voltamos a falar em português de novo. Saudades dessas nossas contradições.

Contradições essas que, aliás, fazem a gente ser tão diferente. Você, que é todo realista e pé no chão. Que fica me dizendo "Amor, não é assim...", que as vezes não tem paciência para as minhas infantilidades (e olha que são muitas), que nunca entende os meus textos da maneira que eu quero e que fala que eu tenho que ler livros sérios. Saudades de falar "Aff" e ficar discordando de você.

Saudades de acordar de manhã e ver você, deitado ali na cama de baixo, com a boca fechada e seu cabelo de índio no rosto. Saudades de ficar te admirando por uns segundos, quietinha, até ficar entediada, pegar meu celular e começar a jogar. Até começar a ficar com fome (e mais entediada ainda) e ser obrigada a te acordar. Saudades de escutar você reclamar, pedir mais 5 minutos e fazer sinal para eu poder descer e ficar deitada com você.

Enfim, a gente saudades das coisas mais ridículas.
Mas a coisa mais ridícula que eu sinto falta, é de você.

OUTUBRO 2014

3 de out. de 2014


Setembro já foi, realizei praticamente tudo que queria pro mês e, num piscar de olhos, já estamos em outubro e já é dia nacional de "It's October 3rd". Com isso, aqui vai as metas para esse mês:

  • Terminar de ler "Como ter uma vida normal sendo louca" - Eu gosto do livro, é legalzinho, mas bem do lentinho. É realmente um guia para as mulheres problemáticas, então é bom para dar uma risada e tal. Quem sabe não faço uma resenha dele? Quando acabar, quero comprar "Quatro", que eu estou louca pra ler há um tempo e depois tenho que ver na lista o próximo (provavelmente Delirium).

  • Levar alimentação/saúde/fitness a sério (ou seja, ter disciplina) - Semana passada eu fiquei uma semana sem comer praticamente nenhuma besteira. Estava com a mente no lugar certo. Essa semana, não deu e isso me destrambelhou toda. Eu ganhei muuuuuuuuitos alguns quilinhos a mais desde que vim pro intercâmbio, e apesar de estar indo relativamente bem na academia, quero perder esses quilos extras. Pra isso, preciso ter disciplina. "Simples" assim.

  • Ser mais mulherzinha - Isso é péssimo, mas eu tenho muita preguiça de ser mulherzinha, apesar de amar quando estou com as unhas bem feitinhas, sobrancelha em dia e etc. Quero ver se consigo melhorar esse mês, criar um habito em relação a isso e assim, consequentemente, cuidar mais de mim.

  • Terminar a quinta temporada de TVD + começar a sexta - Estou muito atrasada com TVD. Ontem a sexta temporada já começou e só hoje que eu comecei a ver o segundo episódio da quinta rs. Já sei (mais ou menos) como acaba a quinta temporada, então quero começar logo isso pra saber o que acontece com meu mozão Damon #teamdelena. 

  • Terminar a terceira temporada de OUAT + começar a quarta - Confesso que OUAT nunca me prendeu taaaaaaaaanto assim. Gosto de algumas fases no começo, mas aí enjoo. Mas bem, comecei a ver a série por causa de Frozen (vício) agora na quarta temporada, mas to enrolando e ainda to na terceira. Preciso criar vergonha na cara e terminar logo isso.

Não tem muita coisa para esse mês, porque mês passado eu já consegui meio que organizar a minha vida. Dia 31 (hoelloween), volto aqui para atualizar esse post e ver o que eu consegui ou não alcançar. Caso deseje adicionar mais alguma coisa, eu aviso. Bjs vlw flw

2 de out. de 2014

Ela queria ir além. 

De segunda a sexta-feira ela passava sete horas do seu dia na faculdade de direito, algo que ela nunca quis. O resto do tempo ela passava trabalhando numa firma, no centro da cidade, vendo casos de clientes em que ela não acreditava e sendo assediada por um chefe que odiava.

Ela queria ir além.

Aos sábados e domingos, ficava acordada até tarde estudando a constituição. Quando saía, era com os falsos amigos que tinha. Ía para os lugares que eles queriam. Bebia até não se lembrar mais que sua suposta melhor amiga dava em cima do namorado dela, e que ele correspondia isso. Bebia até se esquecer que, quando saíssem da festa, seu namorado ia querer dormir com ela, a chamaria de um nome qualquer e ela fingiria que não ligaria para isso. Bebia até esquecer que ela, de fato, não se chamava "Belinha".

Ela queria ir além.

Era rica. Vinha de uma família de nome. A mãe era uma socialite e o pai um desembargador. Sempre teve tudo do bom e do melhor, mas mesmo assim ainda se sentia constantemente vazia. Estava constantemente cercada de pessoas que só queriam estar com ela pelo status. Não tinha ninguém que gostasse dela por ela. Algumas noites, chorava sozinha em seu imenso quarto branco. Chorava pela vida que poderia ter.

Ela queria ir além.

Um belo dia, ela acordou. Foi para a faculdade numa segunda-feira e nunca mais voltou. Trancou a matrícula. Pegou o dinheiro que tinha na conta do banco e comprou uma passagem de ida para Nova York. Cortou os longos cabelos loiros que tinha e tingiu eles de preto. Deixou o bronzeado ir embora. Conseguiu um emprego em uma lanchonete e um quarto no Brooklyn. Não tinha mais motorista particular; pelo contrário, agora ela ia para todos os lugares de bicicleta. Conheceu pessoas novas. Se apaixonou de verdade por alguém que não sabia quem ela era. Criou um novo nome, virou uma nova pessoa e deixou tudo para trás. Os pais ficaram loucos e a deserdaram. Ela não ligou. Estava morando em um quarto, tinha um gato laranja que se chamava Félix, um namorado mexicano, estava ilegal no país... mas pela primeira vez ela estava feliz.

Ela foi além.

BC: UMA CARTA PARA AS MINHAS "IRMÃS"

13 de set. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.
Oi, tudo bem?

Já faz um bom tempo desde que a gente se viu e/ou se falou. Como anda a sua vida? O que você tem feito de legal? Ainda está namorando aquele menino? Comigo está tudo bem. Fazem (quase) três anos que estou namorando a melhor pessoa do mundo. Você teria conhecido ele se tivesse feito um esforço e ido na minha despedida em 2012. Você teria conhecido ele se tivesse feito um esforço. Ponto. Mas a culpa não é só sua, eu entendo. Eu também deveria ter feito um pouco mais de esforço. Só criamos desculpas esfarrapadas e, no final, foi exatamente isso que a nossa amizade virou: desculpas.

Eu fiquei alguns minutos pensando aqui em como deveria começar essa carta. Não sabia como começar a falar com você - logo você que um dia eu já chamei e tratei como uma irmã. Lembra dos nossos dias de SAN? De como a gente ficava horas no recreio falando sobre McFly? De quando eu ficava mal por causa do meu primeiro namorado e você vinha me consolar? Daquela festa de 15 anos que fomos e misturamos cerveja com guaraná? Ou então daquela festa junina em que bebemos Ice e estávamos nos achando super descoladas? Lembra disso? Éramos tão novas e tão idiotas hahaha. Juramos amor e amizade eterna... Hoje em dia quem é você pra mim? Quem sou eu pra você, senão aquela menina com quem você divide boas lembranças da oitava série e de alguns invernos? 

Não crescemos juntas. Quando eu voltei pro Brasil a primeira vez, você já era uma outra pessoa e eu também. Nos distanciamos. A Barra era muito longe para mim e a Zona Sul/Tijuca era muito longe pra você. Hoje em dia moramos no mesmo país, estudamos na mesma faculdade e mesmo assim a gente não se vê. Quando nos encontramos, não temos assunto. Eu aceito o fato da gente não se conhecer mais, mas as vezes eu sinto falta. Falta de todos os sonhos que tínhamos, das conversas no MSN, dos depoimentos no Orkut, das crises de ciúme, da cumplicidade, dos assuntos... Você sabe o quanto eu gosto de revirar o passado e as vezes da saudade de tudo o que fomos e de tudo o que poderíamos ter sido se a gente tivesse falado menos e agido mais. 

Enfim, quero só que você saiba que, independentemente de qualquer coisa, você ainda vai ter um lugar no meu coração. Pelo menos eu, quando disse que era pra sempre, disse isso pra valer!

Espero que esteja tudo bem com você também.

Beijos,
Carolina/Carol/Lola/Loleety/Lolita/Skolzinha/Gemina.

#STOPTHEBEAUTYMADNESS

6 de set. de 2014

Para assustar vocês #peppaprado #nãosounormal #sernormaléchato

A linda (com ou sem maquiagem) da Bruna Veri me desafiou para aquela hashtag que as celebridades femininas estão fazendo agora. Não, não é o ASL Bucket Challenge (que, aliás, só usará 30% do que foi arrecadado para as pesquisas) e sim o Stop The Beauty Madness. Pra completar ainda mais, esse é também o "post especial" do mês lá no Rotaroots.

Fala sobre maquiagem é algo bem tranquilo pra mim. Eu sou preguiçosa e sempre atrasada, o que significa que eu raramente tenho vontade/tempo para poder botar pó, base, blush, delineador etc. Porém, isso não quer dizer que eu não ache maquiagem algo simplesmente fantástico e que transforme as pessoas. Sempre que eu ponho maquiagem eu me sinto automaticamente mais feminina e mais bonita. Não tem como não se sentir. Todas as nossas imperfeições ficam escondidas, a nossa pele parece de porcelana... é algo lindo, mas não é a realidade.

O projeto fala exatamente sobre isso. A sociedade impõe que estejamos sempre montadas, com cabelo de babyliss e, claro, magras #nopressure. Acredito que quanto mais jovem formos, mas sofremos essa pressão. Fiz a minha primeira progressiva em meados de 2004, uma época em que ter cabelos completamente alisados era moda e eu, que já não gostava dos meus cabelos ondulados (que hoje em dia amo e sinto falta), caí nessa. A medida que vamos "crescendo", começamos a nos obcecar com outras coisas, como lápis de olho e etc. Em nenhum momento, alguém para e fala que você na verdade não precisa disso, que é bonita de qualquer jeito. Pelo contrário, incentivam ainda mais você a entrar nesse mundo - por isso que existem tantas meninas com anorexia/bulimia, depressão, que ficam tentando a todo e qualquer custo parecer com a celebridade super photoshoppada X na capa da revista Y.

O que precisamos aprender é que todo mundo é bonito de uma maneira ou de outra, além de existirem vários tipos de beleza. Não adianta nada uma menina sair com meio quilo de pó na cara, parecer uma modelo belga gatíssima e ter uma personalidade horrorosa. Não existe maquiagem suficiente que esconda isso. Mais importante do que comprar produtos de beleza para a sua filha ou revistas cheias de photoshop, é procurar ter uma boa alimentação e ter bons ensinamentos que vão te guiar pro resto da vida. Isso vale mais do que mil produtos da MAC.

Ah! E eu desafio todas as pessoas que tem coragem de serem elas mesmas #clichê #wannaberevolucionária

SETEMBRO 2014 + UPDATE

1 de set. de 2014

Apesar de ter demorado pra acontecer, agosto finalmente acabou e, vejam só, o primeiro dia de setembro também já está nas suas últimas horas. Não atualizei o blog no mês passado, nem participei do Blog Day do Rotaroots (coisa que queria ter feito) e deixei vários planos inacabados (tipo o da academia). Pois bem, eu adoro começos (de ano, de dia, de amizade, de namoro e de mês), porque eles são como uma canvas em branco, onde você pode fazer o que quiser. Fica aqui uma nova tag no brogui os meus planos para esse mês que está entrando. Dia 30/09 eu planejo revisitar esse post e ver realmente o que foi feito e o que não foi. Quem sabe assim não me motivo mais...

  • Estudar 
Para aqueles que não leram os últimos posts e/ou não sabem, há três semanas eu larguei o conforto da minha casinha em Burlingame para me aventurar em terras desconhecidas (ou seja: saí da California para vir para Washington D.C.). O ritmo da faculdade americana é frenético, completamente diferente do ritmo que eu estou acostumada no Brasil. Aqui não dá para eu dar uma de malandra nas minhas aulas e nas minhas leituras. Simplesmente não dá. Tem discussão da leitura em todas as aulas e você realmente não tem escolha senão falar, visto que participação conta ponto. Estou ainda acostumada com o meu outro ritmo e isso tem que mudar. Preciso realmente dedicar mais tempo as milhares de leituras que eu tenho que fazer se eu quiser realmente me dar bem nas minhas aulas.

Update: Eu tenho estudado bastante e posso dizer que sim, me toquei e finalmente estou mais no ritmo. Por causa disso, tenho tirado excelentes notas nos meus testes/quizzes/trabalhos, então, obviamente, tem compensado e MUITO.

  • Terminar "Os Instrumentos Mortais" 
To enrolando esse livro desde a California. Eu to curtindo a história e tal, mas a verdade é que morro de preguiça dessa série, mas como já li todos menos o último, não dá para parar. Esse mês eu termino.

Update: TERMINEI! Tô pensando em passar a gravar no youtube as resenhas dos livros, mas eu sou preguiçosa pra caramba, então vamos ver.

  • Fazer a decoração do meu quarto 
Outra coisa que eu to enrolando desde que me mudei. Meu lado do dormitório está melhor do que o da minha colega de quarto, já que tem a bandeira do Brasil pendurada em uma parede #patriota. Mas isso ainda não é suficiente para mim. Preciso imprimir algumas fotos para por nos porta-retratos que eu trouxe, além de decorar a parede-branca-presídio em cima da minha cama. Quero fazer aquele DIY de varal de fotos, sabe? Falta só criar vergonha na cara, comprar o barbante e fazer.

Update: Fiz o mural de fotos, imprimi fotos, botei algumas nos dois porta retratos que eu tinha e agora falta só botar o resto no mural, então podemos dizer que quase terminei a decoração do meu quarto.

  • Me organizar mais 
Isso é algo que eu sempre quero, mas agora que estou dividindo quarto com alguém, não dá para ser destrambelhada como eu normalmente sou. Assim como no item anterior, só preciso criar vergonha na fuça.

Update: SIM. Acordo, faço a minha cama, guardo a roupa toda que eu deixo espalhada pelo quarto antes de dormir, tenho um bloquinho de "To Do" onde escrevo tudo que tenho que fazer. Só preciso usar mais o planner.
  • Começar um novo livro  
Tenho um bando na lista dos que eu quero ler (dois, inclusive, que eu trouxe do Brasil e um que uma amiga me deu), mas preciso terminar o bendito livro dos caçadores de sombra antes. Uns dois eu já comecei mesmo sem ter terminado esse, mas não consigo ler dois livros ao mesmo tempo e nem deveria, considerando tudo que eu tenho que ler para as minhas aulas. Acho que depois desse vou começar "Se Eu Ficar".

Update: Assim que acabei "Os Intrumentos Mortais", já comecei a ler "Se Eu Ficar" e em uns 2/3 dias eu terminei o livro. Agora to lendo um que estava na minha lista há desde julho, quando minha mãe trouxe ele pra mim do Brasil: "Como Ter uma Vida Normal Sendo Louca".

  • Atualizar o blog com mais frequência
Estou com algumas ideias de posts/desabafos na cabeça, falta só paciência (e tempo) para desenvolvê-los.

Update: ér.. então...

  • Academia 
Essa lista está até parecendo lista de final de ano né? rs Enfim, comecei a malhar e to precisando mesmo porque aqui eles servem pizza no badeijão todas as horas do dia e pizza é o meu ponto fraco. Estou na verdade até tentando evita-la e focar mais na salada, visto que peguei uma aula chamada "Saúde para a vida toda" e não posso fazer feio, né? Mesmo assim, preciso dar aquela malhadinha boa, até porque nada me deixa mais feliz do que quando eu fico completamente nojenta, pingando suor por aí.

Update: Comecei na semana passada a levar minha saúde a sério (e a realmente querer emagrecer), então acho que fui umas 5 vezes na semana passada e essa semana a vontade é fazer a mesma coisa. No domingo, fiz até aquela Corrida das Cores, gentxe!

Overall, acho que consegui realizar praticamente todas as metas desse mês ( 5.5 de 7). Que venha outubro e com ele, mais metas! <3

BC: A PRIMEIRA VEZ QUE EU OUVI A MINHA BANDA FAVORITA

21 de jul. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.
2006. Um ano que ficaria para sempre marcado na minha vida. Terminei o ensino fundamental nesse ano, conheci meninas que chamava de "irmãs", tinha fake no Orkut (e adorava essa realidade alternativa), tive meu primeiro namorado e primeiro amor, descobri o mundo fantástico de SAN e, por causa desse último, conheci o McFly.


Para quem não conhece, Sábado a Noite (SAN) era uma fanfic interativa escrita pela Babi Dewet que focava nos meninos do McFly. Lembro que não conhecia a banda, então o Google virou meu melhor amigo e fui botando os nomes aleatoriamente nas caixinhas de pergunta. A história da Carolina e do Dougie (hehe) me cativou de primeira e em uma noite, depois de muita dor de cabeça por ficar lendo tudo na tela do computador, terminei a história. Tá, ainda não falei da história. Bem, tem as garotas populares do colégio e os marotos (a galera do McFly + o Jame Bourne, que para mim era o Pierre Bouvier). Aí tem uma banda que passa a tocar nos bailes de sábado a noite do colégio e as músicas usadas, sempre tem tudo a ver com a história e são todas músicas do McFly. Foi assim, que eu comecei a conhecer a banda, usando o Youtube para ouvir as músicas e entrar no clima da história.

Foto que eu tirei na época, assim que comprei meu primeiro CD deles hehe

Depois daquela noite, entrei no Limewire (saudades #rip) e baixei todas as músicas que eu conseguia daquela banda. Passei a ficar viciada neles. Sabia tudo de todos, entrava diariamente no McFly Addiction e comecei a divulgar a banda para todos os meus amigos do colégio. Não tinha ninguém que falava comigo que não conhecia eles. Fiz algumas amigas lerem a "fic" também, e aí elas também começaram a ficar viciadas nele, e começaram a divulgar também e aí o McFly começou a crescer (sim, porque foi tudo graças a gente #aham #sóquenão). Tínhamos dias de SAN, ficávamos debatendo sobre quem era o mais bonitinho (porque né, só tínhamos 14 anos e éramos adolescentes toscas), botávamos as músicas para tocar... enfim. Tudo ao meu redor musical se resumia a eles. Lembro que encontrei o "Just My Luck" vendendo na Saraiva e implorei pros meus avós comprarem, porque era a minha banda favorita e eu tinha, genuinamente, ficado ridiculamente feliz de ter achado esse CD (vide foto). Fiz aquele primeiro namorado aprender as letras e brigava sério com ele quando ele vinha me falar que "Not Now" do Blink (que eu também curto, diga-se de passagem) era mais profundo do que "I've Got You".

Foto do Alexandre Durão/G1

Os anos se passaram, eu me mudei para os EUA, eles fizeram shows no Brasil que eu não fui, meu amor foi diminuindo, mas nunca, nunca, acabou. Em 2012, rolou o Z Festival no Rio e eles tocaram. Eu já tinha voltado para o Brasil, e tinha uma aula super chata e difícil no dia do festival. Debati muito comigo mesma sobre ir ou não. Depois de ter me convencido de não ir, mudei de ideia uns dois dias antes do show, peguei o meu namorado e fomos até o HSBC Arena comprar ingresso. Eu sempre disse que eu só iria morrer em paz quando fosse em um show do McFly. Eu simplesmente tinha que realizar esse sonho. Fomos. Numa boa, eu sempre ri e achei ridículo essa galera que chora em shows.... até acontecer comigo. Eu, com meus 20 anos na cara, chorei o show todo! Meu namorado só me olhava, mas eu estava cagando para isso. Eu não acreditava que eu finalmente estava assistindo a minha banda favorita ali, na minha frente. Eu esperei anos por aquilo e, naquele momento, meu eu de 14 anos simplesmente possuiu o meu corpo e cantou e vibrou com todas as músicas que eles tocaram (quando eles cantaram "No Worries" então... putz, morri). Eu nunca estive tão feliz na minha vida. Realizei um sonho de anos e agradeci eternamente ao meu namorado por ter topado ir comigo, porque, realmente, eu nunca teria me perdoado por ter perdido esse show.

Até hoje ainda cultivo um amor e um carinho muito especial por esses meninos britânicos. Quando o Tom e a Gio casaram, eu vibrei. Quando o Harry e a Izzy casaram, fiquei muito feliz por eles. Quando o Buzz nasceu, eu fiquei genuinamente feliz pelo Tom e pela Gio. Enfim, o que eu quero dizer é que eles sempre vão ter um lugar no meu coração. Não adianta quanto tempo passe. Serei sempre uma galaxy defender.

SOBRE AS SAUDADES

20 de jul. de 2014

Nossas batalhas diárias não são muitas. Não temos que atravessar rios e montanhas e nem lutar contra sociedades diversas, como alguns personagens dos meus livros favoritos. Isso não é ficção, é vida real, e assim como tal, tem suas próprias dificuldades.

Aqui, nós temos que lutar pequenas batalhas para podermos sempre nos achar. Seja a distância que sempre acha uma maneira de nos afastar, ou seja os sentimentos tolos que sempre fazem com que briguemos. Esses são os nossos rios e montanhas. Essas são as sociedades que temos que batalhar a cada dia e não podemos nunca deixar de vencer.

Eu sinto sua falta. Não quero nem pensar nesse tempo longe em que eu tenho que batalhar para não pensar em você o tempo todo. Porque quando eu penso, eu sinto. E quando eu sinto, eu choro. Não gosto de demonstrar fraqueza, mas cá estou. Escrevendo um texto completamente sem sentido porque eu sinto a sua falta.

18 de jul. de 2014

O por-do-sol da reflexão

Ontem, no final da tarde (tudo bem que já eram 20h da noite, mas o sol estava começando a se por só então. Noite pra mim é quando está escuro, então se ainda está sol, tecnicamente não é noite, né?), quando estava voltando do meu passeio de bicicleta por Burlingame, me dei conta de uma coisa: em alguns meses, eu não vou mais poder fazer isso. Não vai ter mais passeio de bike pela baía, vendo o sol californiano se por. Não vou mais poder reclamar do frio e da neblina insuportável de São Francisco que me impedem de ir a praia. Não vou mais poder reclamar que vou ter que sair do Brasil para poder morrer de tédio aqui. Não vou mais poder ver meus (poucos, porém verdadeiros) amigos. Tudo isso vai mudar e só agora a ficha caiu.

Eu nunca morri de amores por aqui. Quando cheguei em Burlingame, eu tinha 14 anos, estava realmente chateada por ter saído do Brasil (tudo bem que ninguém me obrigou a sair de lá, mas na época eu "precisava de mudanças"; ou seja, um namoro meu terminou e eu precisava não olhar pra tudo que me lembrava ele. Drama queen much?), não falava inglês muito bem e o meu relacionamento com a minha mãe era estranho e distante. Os meus primeiros meses aqui foram na fossa. Eu me apegava a tudo que me conectava com a minha vida brasileira. Passava horas no telefone com o meu melhor amigo, trocava milhões de mensagens no MSN com amigos (e com o tal ex) de lá e detestava cada segundo daqui - o que é ridículo, considerando que tem coisas aqui que me atraem SIM, por mais que eu queira me convencer que não. Isso durou uns três/quatro meses, até eu entrar na escola. Conheci pessoas novas, fiz amigos e fui me adaptando lentamente a esse lifestyle americano. 

Não me leve a mal. Eu ainda era completamente apegada ao Brasil. Não me permitia admitir para mim mesma que talvez eu gostasse da calmaria dessa cidade pequena (tão diferente da agitação de cidade grande do Rio), que ter vindo pra cá foi uma puta experiência pra mim etc. Achava que estava me traindo. Quando falavam no Brasil que eu estava ficando americanizada, eu negava de pés juntos. Só que a verdade era que eu estava ficando americanizada. Eu ia pra minha escola americana, ficava o dia todo com americanos, falava mais inglês do que português, lidava com as coisas que eles gostam constantemente.... Era impossível ser 100% brasileira. O que eu não sabia na época era que isso não era, necessariamente, uma coisa ruim. Eu só fui me dar conta disso ontem, às 20h30m, quando eu estava voltando pra casa de bicicleta, vendo o sol se por atrás do Aeroporto Internacional de São Francisco, quase oito anos depois de ter vindo pra cá pela primeira vez.

Eu sempre disse que o Brasil era o meu lar. Disse tanto que até tatuei, literalmente, isso em mim. Porém, uma pessoa com duas casas, constantemente dividida entre dois países, pode honestamente dizer que só tem um lar? Seria mais uma vez mentir pra mim mesma. Eu aproveitei os meus anos teens mais aqui, nos EUA, do que no Brasil. Fui moldada por essas duas culturas, querendo ou não. Isso não é algo ruim. Isso é único. Isso me faz ser única, entre tantas pessoas. Negar as minhas raízes americanas, é a mesma coisa que negar uma parte das minhas raízes brasileiras. O Brasil não é exclusivamente o meu lar; os Estados Unidos também são. Da mesma maneira que eu sempre vou ter o Rio de Janeiro como um porto seguro, eu também terei essa cidadezinha pequena e chata que eu aprendi a amar. Não queria ter que deixar ela pra trás, mas tenho certeza que ela nunca ficará esquecida dentro de mim. Ficará adormecida, como o Rio ficou durante um tempo.

Como diz o clichê que significa a minha tatuagem: home is where the heart is - seja aqui ou acolá.

[NAO ACEITA//]

11 de jul. de 2014


Para aqueles que ainda não estão sabendo das novidades, o nosso querido e antigo Orkut irá deixar de existir no dia 30 de setembro desse ano. No more scraps, depoimentos, stalkers visitantes recentes, mensagem do dia, comunidades toscas, perfis fakes (desculpe-me você, mas eu tive um e fui muito feliz tá? #sdschocorango #choquieterna) etc. Tudo que um dia fez com que você passasse horas em frente a um computador, irá desaparecer (foi substituído pelo Facebook).

Entrando nessa vibe saudosista gerada pelo seu fim e pelo meme do mês passado, resolvi entrar na minha conta e ver os meus depoimentos e scraps antigos. Engraçado como as coisas mudam não é mesmo? Pessoas que eu jurava que estariam na minha vida para sempre, hoje não são mais do que meras lembranças. "Irmãs", viraram estranhas. Conhecidos, desconhecidos. Enquanto isso, pessoas que você talvez achasse que não durariam muito tempo, continuam lá, firme e forte, mesmo anos depois do último scrap que te deixaram.

Quem quiser me add. Cês tem até dia 29/09 rs

Dizem que o Orkut é que foi responsável pela população brasileira começar a entrar na internet. Acho que deve ter sido sim. Sou da época de que para se entrar na rede social, era preciso ser convidado por um amigo (que por sua vez, foi convidado por outro amigo....). Eu ficava enchendo o saco do meu irmão e da namorada dele da época para poderem me convidar, mesmo eu só tendo 12 anos. Não teria amigos lá, mas adorava essas coisas da internet já (tanto é que tinha até ICQ). Depois, liberaram o site para todos e lembro como os usuários antigos ficaram revoltados. Foi que nem aquela coisa do Instagram quando foi disponibilizado para Android - um deja vú cibernético. Nos meus 14 anos, descobri um mundo mágico ali, chamado "fakelândia" (tosco, i know) e fiz um fake da Roberta Pardo. Passava horas em frente a tela, conversando com Frank Ieros, Christopher Uckers, Mias, Anahis... Nossa imaginação não tinha limites. Fazíamos festas em tópicos de comunidades, namorávamos e sábiamos quem era cool e quem não era baseado na quantidade de profiles que a pessoa tinha. Depois de um tempo, virei Ashley Albright. Passei meu 2006 todo nessa realidade virtual que criamos para nós mesmos. Fiz amigos ali que até hoje tem um lugar especial no meu coração (um bjo macaca duuti e chapovan).

Eu sou canceriana e, sendo fiel ao meu signo, vivo com um pé no passado. Fiquei com saudades dessas amizades. Fiquei com saudades da pessoa que era há, no mínimo, quatro anos atrás. Saudades da inocência que tinha em acreditar que certas coisas o tempo não conseguiria mudar. Infelizmente, o tempo passou. Crescemos. A vida foi passando, acontecendo, e quando nos demos conta não tínhamos mais uns aos outros. Deletar o Orkut é como deletar parte do meu passado. Não poder mais acessar aquelas conversas quando eu quiser e me lembrar de pessoas especiais, vai ser difícil. A memória não dura pra sempre e, apesar dos pesares, o Facebook nunca vai ser o Orkut. Seja isso para o bem ou não.

MEME: INTERNET OLD SCHOOL

30 de jun. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.
Eu enrolei muito até fazer esse meme do Rotaroots. Não sei o porque, visto que é um tema saudosista que, como toda boa canceriana, eu amo. Mas, vamos lá. O post vai ser longo, entãao fala pra sua mãe que você vai entrar na Internet e que não é para ela usar o telefone, usa seu discador IG, reza pra Internet não cair e vem viajar nessa memory lane comigo:


Eu tinha uns sete/oito anos quando ganhei o meu primeiro computador, um Windows 95. Eu era completamente apaixonada por ele. Ficava brincando com o meu joguinho do Sitío do Picapau Amarelo e da Barbie o tempo todo. Aí, logo depois veio a época da Internet e a minha primeira lembrança dela tinha que ser o nosso ótimo e querido bate-papo da UOL


Minha mãe era solteira na época e lembro que ficava ali vendo ela entrar no bate-papo e conversar com um bando de estranho. Aquilo me fascinava. Lembro até hoje do seu nickname: LunaRJ. Depois de um tempo, mesmo ainda sendo muito nova para entender sobre aquilo e completamente inocente em relação aos males ocultos escondidos em salas de bate-papo, comecei a utilizar e fazer amiguinhos lá. Passava horas nas salas de Amizade, destinada para a galera com a faixa etária parecida com a minha. E quando você tentava entrar e aí dava que a sala estava cheia? Minha primeira frustração com certeza veio daí hahahaha. Já marquei encontros várias vezes, mas nunca apareci. Não sou trouxa né galere?

Como era a caçula, fui aprendendo muitas coisas com o meu irmão (que é bem mais velho que eu, logo, sabia mexer muito bem nessas coisas), como o KazAa, por exemplo.


Numa época que (quase) ninguém ainda tinha ouvido falar de "Torrent" ou "Pirate Bay", o KazAa era responsável por inúmeros downloads ilegais de música, filmes e programas. Como era fanática por Lizzie McGuire, baixava todas as músicas da Hilary através do programa e cheguei a baixar até a metade do filme "Lizzie McGuire - Um Sonho Popstar". Não entendi bulhufas do filme, mas pelo menos consegui vê-lo. Achava o programa um pouco complicado de mexer, então quando descobri o LimeWire alguns anos depois, o troquei feliz da vida.

Meu irmão também me apresentou, sem querer, ao ICQ - aquele messenger de barulhinho irritante.


Eu não tinha muitos amigos lá (afinal, éramos todos crianças), mas adorava ficar procurando pessoas desconhecidas naquele buscador para poder conversar. Lembro que eu fazia alemão na escola nessa época, então comecei a conversar ~ através do Google Translator ~ com uma alemã e ficamos amiguinhas. Era legal e eu me sentia super moderninha por ter um número gigante daqueles que todo mundo tinha dificuldade de lembrar (eu, a propósito, sei o meu até hoje: 327179062).

Foi por aí, quando eu estava na quinta/sexta série, que eu comecei a me interessar pelos blogs do Webblogger.


Tinha vários: tinha um que servia como diário, outro de poemas, já cheguei a ter uma "ONG" com a minha melhor amiga.... Essa foi a melhor época dos blogs, na minha opinião. Ninguém se importando em ganhar dinheiro em cima disso, só querendo compartilhar suas opiniões com o mundo (através, de preferência, de GIFs animados e patys como acima). Como disse no meu post de introdução no Rotaroots, nessa época existiam os "condomínios" patys como o Delta Nu, que era super top (e que eu fazia parte, Deus sabe lá como). Boa época onde ninguém realmente julgava ninguém, templates 0800 do Tomoeda ou então de graça porque alguém queria fazer pra você, de pura boa vontade. Não lembro o nome de nenhum dos meus blogs da época, lembro apenas que o meu último layout do meu falecido blog foi do Clube das Winx.

Enquanto os blogs eram feitos para GIFs e textos, nos fotologs da vida é que botávamos as nossas fotos e escrevíamos em miguxes tudo que acontecia. 


Como fazer conta no Fotolog.net era um inferno (tinha que esperar até meia-noite pra fazer, rezar um pai-nosso e bater na madeira três vezes), meu primeiro "flog" foi no Flogão. Como não consigo parar quieta, assim como no Webblogger, eu tinha uma porrada de contas. Era um pra mim, um dedicado a imagens de "gatos famosos", outro pro "bonde" das amigas do Grajaú, outro pra "máfia" das amigas da Barra... O flogão sempre foi o primo creiço do Fotolog, mas eu curtia. Lembro dos famosos da época, como o Brunovisky, a Juploc e a Tatylindinha89. Depois, acabei conseguindo criar uma conta no Fotolog e migrei (mas a mania de ficar criandos várias contas nunca me abandonou, principalmente quando uma vez deu um pane no sistema e consegui criar contas sem ser a meia-noite. Nossa, criei umas três). Eu nunca deletei nada, então tenho certeza de que quando eu for uma celebridade muito famosa e tal, fotos do meu passado estranho irão ressurgir. 

Durante todo esse tempo, eu já tinha o meu bom e velho Orkut.


Não vou nem falar muito dele porque, como ele vai acabar, já preparei um post bem nostálgico em relação a isso. O Orkut era o Facebook da minha (pré) adolescência. Sou da época de que alguém tinha que te convidar pra entrar e que a galera ficava fazendo competição pra ver quem conhecia mais gente (#like4like anyone?)

Para terminar, a minha memória mais recente-antiga dessa época old school da Internet, não poderia faltar, claro, ele: MSN Messenger.

Conversa real, minha, com um amigo que conheci através do mundo fake no Orkut. Inception da internet

Depois que a Internet começou a se popularizar e ninguém conseguir, de fato, memorizar aquele bando de números do ICQ (só eu, pq né, não sou muito normal), veio a gloriosa época do MSN. Tudo bem que ele surgiu em 1999, mas eu só comecei a usá-lo mesmo bem depois, lá pra 2004/2005. Esteve presente na minha vida até 2012, quando comecei a usar apenas o chat do Facebook (assim como todos né? rs). Em 2013, deixou de existir para ficar presente apenas em nossos corações.

Para terminar, quero deixar vocês com algumas reflexões, cortesia dos GIFs da Internet de antigamente:

MEME: CINCO PERSONAGENS QUE EU GOSTARIA DE SER

10 de abr. de 2014

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva/MEME feito pelo grupo ROTAROOTS. Se quiser conhecer mais sobre o grupo e voltar para a época de blogs "das antigas", só participar do grupo no Facebook e se inscrever no Rotation.
Achei o Rotaroots por acaso na internet da vida e me apaixonei de cara. Para quem não sabe, o objetivo do grupo é "resgatar a época de ouro dos blogs pessoais, incentivando a produção de conteúdo criativo e autoral, sem ser clichê e principalmente, sem regras, blogando pela diversão e pelo amor" - ou seja, tudo que eu tinha em mente quando criei o Pitacos. O MEME desse mês é sobre os cinco personagens que marcaram a sua vida/você gostaria de ser, então, segue abaixo a minha lista:


Tris Prior - Divergente:



Gente, por onde começo explicando o meu amor por essa personagem? Divergente foi um dos livros que mais me mexeram comigo e se eu pudesse ser alguém nessa vida, eu seria ela (ajuda também o fato do Tobias ser o namorado dela). Ela não nasceu valente, não nasceu perfeita... ela foi aprendendo a ser tudo isso, a vencer os seus próprios medos. O que mais me orgulha nessa personagem é que ela lutou pelos seus direitos. Queria ter pelo menos a metade da coragem dela.

Alex Russo - Os Feiticeiros de Waverly Place



Podem me julgar, mas eu assisti o Disney Channel até eu ter mais ou menos uns 16 anos, então ainda peguei a época dos programas bons como esse e Sonny With a Chance. Até hoje, vejo as séries e morro de rir. A Alex era tudo que eu sou só que mil vezes melhorado. As frases dela são as melhores, a atitude em relação a tudo, o cabelo da Selena depois da segunda temporada é maravilhoso, as roupas depois da terceira... enfim. Alex deveria sim ser rainha de tudo (e eu a princesa, porque né? prfvr!)

Katniss Everdeen - Jogos Vorazes


Não preciso nem comentar, né? Diferente da Tris, a Katniss sempre foi corajosa, sempre se arriscou (também, coitada, era se arriscar ou morrer de fome) e, depois de ficar meio perdida no último livro, voltou com tudo! Quero ter a força, o amigo boy magya, o padeiro que me ama, a coragem, o cabelo da J-Law e o Cinna!

Hermione Grange - Harry Potter



Gente, me sinto velha. Não tinha nem como não incluir a Hermione aqui. Cresci com ela. Cresci querendo ser ela e ter a sua inteligência e os dois melhores amigos que qualquer pessoa poderia ter (cresci também querendo o Ronny como namorado, principalmente sendo interpretado pelo Rupert!). Sempre que preciso estudar para uma prova, penso: "O que a Hermione faria?" ou então "Faça a Hermione e foque!". Queria ter essa determinação e esse prazer pelos estudos dela, em vez de passar os meus dias lendo sites de fofoca e blogs.

Blair Waldorf - Gossip Girl




Li todos os livros de GG e assisti a série fielmente até a segunda temporada (depois só via alguns capítulos e depois mesmo, só o final). A Blair da Leighton é perfeita. Ela é determinada, sabe bem o que quer e faz o possível e impossível para conseguir. É uma bitch? É. Mas se for pra ser uma bitch, que eu seja uma que nem ela, que simplesmente tinha as melhores frases e era a personagem mais rica da série (além de formar aquele par maravilhoso com o Chuck).

Queria poder por ainda a Buffy Summers de Buffy - The Vampire Slayer e o Seth Cohen de The OC, mas só podia cinco e acho que de todos, são esses o que eu gostaria de ser. Se pudesse, pegava o desejo por mudança da Tris, a coragem dela e da Katniss, a inteligência da Hermione, a determinação da Blair, a atitude da Alex, misturava tudo e tomava todo dia de manhã. Fala sério, seria um ser humano perfeito!

30 de mar. de 2014

20:30. Chegou em casa depois de um dia cansativo no trabalho. Respirou fundo e foi deixando a mala pesada com tantos papéis no canto direito da mesa de vidro que fica na sala. Cristina foi ao seu encontro - um sorriso no rosto, uma espátula na mão - e disse que o jantar estaria pronto em uns 15 minutos. Ele lhe beijou docemente nos lábios, como sempre fazia assim que chegava. Ela voltou para a cozinha. Ele se sentou no sofá de couro branco e ligou a televisão. Estava na hora do jornal. Pegou o notebook preto da Dell e começou a trabalhar em alguns e-mails que tinha que enviar. Foi quando a ouviu:

"Chove nesta terça-feira em diversas áreas do país. No Rio de Janeiro, a cidade entrou em alerta por conta de possíveis alagamentos..."

Estava linda. Fazia tanto tempo desde a última vez que a tinha visto que tinha até se esquecido de como era bonita. Estava mais velha, mais madura, mais... mulherão. Cagava para o tempo na cidade, mas permanecia vidrado na garota do tempo, aquela jornalista que ele um dia havia conhecido tão bem. Se não fossem aqueles grandes olhos castanhos e aquela pinta no canto superior direito de sua boca, talvez nem a reconheceria direito. Mas ele conhecia cada parte daquele corpo; cada parte daquele rosto que o atormentara por anos. Nem ouviu quando a mulher o pedira ajuda para fazer a mesa.

Assim que terminou o jantar e ajudou a mulher com a louça, ele a fuxicou em uma rede social. Estava casada com um outro jornalista. Parecia feliz. E pensar que uma vez ele realmente havia acreditado que ele é quem seria o responsável pela sua felicidade. Mas eram crianças na época. Era uma paixão de criança. Uma paixonite. Pensou naquela festa de Halloween que fora e que havia ficado com a prima de sua melhor amiga, enquanto Milena estava em casa, doente. Era um babaca. Agora, deitado de bruço na cama, algumas horas depois, se deixou ficar perdido em pensamentos. Lembrou-se da última vez que a vira, há quase dez anos atrás. Na época, ela tinha acabado de fazer dezenove anos. Ainda era uma menina. Ele havia quebrado o coração dela em milhões de pedacinhos. Precisava correr atrás de sua felicidade e aquela menina não era o que um futuro advogado precisava. Ele precisava de amadurecimento e de certezas. Precisava de uma mulher. Por isso ficou com a Cristina. Ficou realmente surpreso de ver que ela conseguiu conquistar tudo aquilo que queria. Não que duvidasse de sua capacidade, mas simplesmente não conseguia ver a sua pequena como mulher. Mas teve um cara que viu. 

Ficou perdido no mundo imaginário do "E se" até umas quatro da manhã. Imaginou todos os cenários possíveis. Imaginou o que teria acontecido se ele não tivesse quebrado seu coração naquela noite chuvosa; imaginou o que teria acontecido se tivesse corrido atrás dela e não da Cristina; imaginou o que teria acontecido se fosse ela quem tivesse dito sim e se casado com ele. Coisas que a mente gosta de fazer só para te torturar. Olhou para a mulher deitada à seu lado. Fiel. Honesta. Ele não merecia ela e muito menos a Milena. Se levantou e caminhou, em silêncio, até o Dell que estava na sala.

Acabou adormecendo na frente do computador antes de mandar para Milena uma mensagem, a qual com certeza se arrependeria no dia seguinte, quando a coragem sonâmbula sumisse e desse espaço para o arrependimento amargo.

BHS - CLASS OF 2000 AND 4EVER

30 de jan. de 2014


Antes de ontem fui visitar a escola onde estudei o meu ensino médio. Essa seria a última vez que eu veria aquela escola do jeito que eu lembrava: com os meus professores ainda lá, cada um em sua respectiva sala. Me surpreendi com o nervosismo que eu senti ao entrar pela entrada lateral e me deparar com aquele corredor gigante por onde eu já passei inúmeras vezes (e olha que não faz nem tanto tempo assim!). Parecia que eu era uma freshman de novo, começando tudo outra vez. Por um segundo, eu queria realmente acreditar que eu era.

Não fui a menina mais popular do colégio. Também não fazia parte de nenhum grupinho.  Tinha alguns (bons) amigos e aproveitei cada segundo que o meu colégio pode me oferecer. Engraçado que quando estamos lá, não damos valor ao nossos amigos de cada dia, aos nossos professores que tanto nos ensinam e muito menos as atividades que poderíamos fazer. Só fui me tocar disso no meu último ano, depois de ter passado três sem fazer absolutamente nada.

A primeira pessoa que encontrei quando cheguei lá, foi a minha antiga professora de ELD (English Language Devolpment - um cursinho de inlgês pra galera imigrante). Só fiquei com ela por 1 ano e meio e mesmo assim mal a vi. Meus primeiros 6 meses na escola, foram apenas para eu poder fazer amigos e conhecer o sistema, já que "entrei" no segundo semestre. Não valia nada. Depois, quando realmente passou a contar, fui para um nível mais avançado de inglês e passei a ter aula com os americanos e o único horário que eu tinha com ela era tipo aula livre. Engraçado que ela foi uma das que mais me ensinou e que mais me incentivou em relação as coisas. Talvez por se identificar com os alunos (ela era francesa e veio para os EUA quando era adolescente), talvez por ser o jeito dela. Só sei que sempre que podia, mesmo depois de não ter nenhuma aula com ela, passava na sala dela para conversar.

Depois, fui para a sala da minha antiga professora de inglês e jornalismo. Ela é um senhora super querida e apesar de já ter detestado sua aula antes, amo a pessoa que é (tipo uma avózinha fofa e entusiasmada com tudo). Fiquei sabendo que iria se aposentar no final desse ano letivo. Primeira grande mudança!, pensei. Já não conhecia mais nenhum aluno no colégio e, em breve, não conheceria nem mesmo os professores. Foi ela uma das pessoas responsáveis por eu ter achado a minha vocação. Nunca serei grata o suficiente. Será uma das pessoas que mais me farão falta.

Fui para o segundo andar, falar com as últimas pessoas que faltavam: minhas lindas professores de italiano. Estudei a língua por 3 anos, de segunda à sexta, e, no meu último ano, viajei para a Itália com elas e com a minha turma de italiano. Foram 2 semanas que ficarão para sempre guardadas na minha memória e elas, sempre no meu coração. Me fizeram amar aquela cultura, aquela língua, aquelas pessoas. Encontrei na Itália um pedaço do meu coração, e tudo graças a essas duas pessoas maravilhosas. Hoje, mal consigo falar ou escrever qualquer coisa em italiano, mas ainda entendo quando falam comigo ou quando leio algo. As "signoras" foram as responsáveis por me darem a minha terceira língua (bom, meia língua no momento rs). As levarei pra sempre comigo.

Com isso, saí da escola pelo mesmo portão por onde entrei pela primeira vez, há 7 anos atrás. Entrei no meu carro e fiquei ali, parada, me deixando lembrar de tudo que eu já passei no Burlingame High School. Senti um aperto no coração pelos professores e funcionários que já saíram de lá, pelos alunos  e companheiros de sala que hoje estão se aventurando em outras coisas e pelo fato de que não irei mais, tão cedo, entrar por aquelas portões. Doí ter que dar adeus para uma coisa que, querendo ou não, marcou tanto a nossa vida. Acho que por isso me recuso a dar adeus e sim, apenas, um até logo.

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