YOU COULD RATTLE THE STARS, IF ONLY YOU DARED

12 de set. de 2017


A vida é feita de escolhas.

A partir do momento que crescemos e “viramos adultos” (coisa que ainda não consegui entender 100% o que era: pagar suas próprias contas? Ter um emprego sólido? Não assistir mais desenhos durante as manhãs de sábado?), ninguém mais pode fazer as nossas escolhas pela gente. Se antes nossos pais diziam que roupa a gente podia (ou não) usar, quais eventos a gente tinha que ir ou que tipo de amigos deveriamos fazer, agora essa decisão é somente nossa. O que quer dizer que, no final, a única pessoa que vai ter que realmente lidar com a consequência dos seus atos é você mesmo. Sim, tais consequências podem acabar “respingando” nas outras pessoas, mas não há como negar que a maior pessoa afetada será aquela que causou elas para início de conversa.

Eu nunca soube lidar bem com escolhas.


Talvez seja a minha lua em libra (seja lá o que isso queira dizer) ou então o fato de eu ser muito oito ou oitenta, mas a verdade é que eu não confio em mim mesma nem para escolher direito a roupa que vou usar para ir para o trabalho – quem dirá para tomar decisões que afetarão dramaticamente o restante da minha vida. Isso não quer dizer que eu nunca as tenha tomado. Pelo contrário: eu sou a rainha das escolhas certas e erradas, dependendo de quem você perguntar. Mas a verdade era que 90% das vezes, tinha sempre uma voz “guiando” as minhas escolhas e decisões – uma voz que nunca era minha.

Isso tudo porque eu nunca senti que pudesse controlar a situação que envolveram as minhas escolhas

Controle sobre a minha vida? Há, até parece. Eu nunca realmente tive controle sobre as situações que envolviam as escolhas que eu fazia – pelo menos não todas. Com a exceção da vez que eu decidi voltar para o Brasil, é claro. Mas controle real e absoluto da minha vida eu nunca tive – e tava tudo bem pra mim em relação a isso. Eu acabava dando o meu jeito e tentando fazer escolhas dentro dessas, mas a verdade era que era bem confortável ter outras pessoas tomando decisões por mim.

Mas tem uma hora que isso cansa.

Eu to cansada de não fazer as minhas próprias escolhas impactantes. De não ter controle sobre o meu corpo, sobre o que eu posso ou não usar, sobre o meu futuro. Vai ver isso é fruto da crise dos 20 e pouco anos e, caso seja, é normal se sentir assim – afinal, estou longe de estar onde achei que estaria nessa idade. Mas eu posso fazer mais coisas para chegar lá. Eu posso começar a controlar o meus entorno e por mais que eu não tenha controle sobre algumas coisas em si, eu posso ter controle outras.

Chega de deixar que as grandes escolhas sejam feitas por outra pessoa que não seja eu.

No fim, elas até podem influenciar, mas vai ser s i m do meu jeito – assim como será o meu corpo, meu cabelo, minhas roupas, minhas palavras e, é claro, o restante da minha vida.

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