O QUE EU QUERO SER QUANDO CRESCER

16 de out. de 2013

Quando eu era mais nova, eu queria ser um bando de coisas. Até os meus dez anos, sonhava em ser médica, porque a minha mãe achava que era uma profissão muito bonita. Aos 14, achava que estava destinada a ir para São Paulo fazer direito na Mackenzie (oi?). Assim que fui morar com a minha mãe nos EUA, decidi que queria fazer faculdade de teatro. Depois de um tempo, moda. Até que, no meu terceiro ano, uma professora minha chegou e disse que o perfil da minha redação era bem jornalístico. "Hmm, tá aí. Nunca pensei nessa possibilidade." Minha escola possuía jornalismo, e então, no meu último ano, entrei para o The Burlingame B - o jornal da Burlingame High School. Desde então, sei exatamente o meu lugar no mundo.

No momento, estou fazendo jornalismo em uma faculdade carioca e estagiando na TV universitária. Graças a esse estágio, participei de um dos maiores eventos de jornalismo investigativo do mundo: o Global Conference of Investigative Journalism. Palavras não podem expressar a minha gratidão por ter feito parte daquela verdadeira aula a céu aberto. Jornalistas de todos os cantos do planeta, trocando ideias e aprendendo uns com os outros. Não era como se eu estivesse em uma conferência de advogados ou engenheiros, aonde existe toda uma hierarquia e uma maneira de falar com pessoas "superiores". Não, no jornalismo, todo mundo te cumprimenta com beijo no rosto e falam com você de igual para igual, independentemente se você está na Globo ou se você está em um estágio. Todo mundo se ajuda.

eu brincando de ser jornalista "profissa" rs

Nesse evento, meu futuro foi posto a prova quando tive que entrevistar um dos maiores nomes do jornalismo na atualidade: o Glenn Greenwald (foto acima). Para quem não sabe, ele foi o responsável por divulgar as informações que o Edward Snowden tinha consigo sobre as espionagens americanas em terras brasileiras e em outros lugares. Vendo a palestra do cara, pude ver toda a dedicação de quem se dedica a "mudar o mundo", afinal, jornalismo é isso. Quando chegou a hora de entrevistá-lo, fui lá para frente e participei de uma verdadeira briga de cachorro grande, disputando microfone com o repórter da Band e com outras pessoas que ficavam enfiando o seu gravador quase na cara do sr. Greenwald. Tremi, fiz as minhas perguntas e ainda segui o cara para fazer mais perguntas do lado de fora. Não posso levar todo o crédito também, dois meninos (um que estagia na rádio e outro no impresso) me ajudaram e acredito que fomos uma verdadeira equipe. Isso é outra coisa que eu admiro no jornalismo: esse constante trabalho em equipe que fazemos.

Enfim, falei, falei, falei e no final... não disse nada. Esse post (o primeiro!) é apenas para poder mostrar a apreciação que eu tenho por essa carreira linda que eu escolhi seguir. Amo cada minuto no meu estágio, amo cada minuto que estou atrás das câmeras ou na frente delas. Amo cada minuto que entrevisto alguém. Obrigada Comunicar por ter me proporcionado esse momento único na minha vida. Obrigada equipe, por serem os lindos que vocês são. Já dizia o poeta:

"Escolha um trabalho que você ame, e não terás que trabalhar um único dia em sua vida"

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