[NAO ACEITA//]

11 de jul. de 2014


Para aqueles que ainda não estão sabendo das novidades, o nosso querido e antigo Orkut irá deixar de existir no dia 30 de setembro desse ano. No more scraps, depoimentos, stalkers visitantes recentes, mensagem do dia, comunidades toscas, perfis fakes (desculpe-me você, mas eu tive um e fui muito feliz tá? #sdschocorango #choquieterna) etc. Tudo que um dia fez com que você passasse horas em frente a um computador, irá desaparecer (foi substituído pelo Facebook).

Entrando nessa vibe saudosista gerada pelo seu fim e pelo meme do mês passado, resolvi entrar na minha conta e ver os meus depoimentos e scraps antigos. Engraçado como as coisas mudam não é mesmo? Pessoas que eu jurava que estariam na minha vida para sempre, hoje não são mais do que meras lembranças. "Irmãs", viraram estranhas. Conhecidos, desconhecidos. Enquanto isso, pessoas que você talvez achasse que não durariam muito tempo, continuam lá, firme e forte, mesmo anos depois do último scrap que te deixaram.

Quem quiser me add. Cês tem até dia 29/09 rs

Dizem que o Orkut é que foi responsável pela população brasileira começar a entrar na internet. Acho que deve ter sido sim. Sou da época de que para se entrar na rede social, era preciso ser convidado por um amigo (que por sua vez, foi convidado por outro amigo....). Eu ficava enchendo o saco do meu irmão e da namorada dele da época para poderem me convidar, mesmo eu só tendo 12 anos. Não teria amigos lá, mas adorava essas coisas da internet já (tanto é que tinha até ICQ). Depois, liberaram o site para todos e lembro como os usuários antigos ficaram revoltados. Foi que nem aquela coisa do Instagram quando foi disponibilizado para Android - um deja vú cibernético. Nos meus 14 anos, descobri um mundo mágico ali, chamado "fakelândia" (tosco, i know) e fiz um fake da Roberta Pardo. Passava horas em frente a tela, conversando com Frank Ieros, Christopher Uckers, Mias, Anahis... Nossa imaginação não tinha limites. Fazíamos festas em tópicos de comunidades, namorávamos e sábiamos quem era cool e quem não era baseado na quantidade de profiles que a pessoa tinha. Depois de um tempo, virei Ashley Albright. Passei meu 2006 todo nessa realidade virtual que criamos para nós mesmos. Fiz amigos ali que até hoje tem um lugar especial no meu coração (um bjo macaca duuti e chapovan).

Eu sou canceriana e, sendo fiel ao meu signo, vivo com um pé no passado. Fiquei com saudades dessas amizades. Fiquei com saudades da pessoa que era há, no mínimo, quatro anos atrás. Saudades da inocência que tinha em acreditar que certas coisas o tempo não conseguiria mudar. Infelizmente, o tempo passou. Crescemos. A vida foi passando, acontecendo, e quando nos demos conta não tínhamos mais uns aos outros. Deletar o Orkut é como deletar parte do meu passado. Não poder mais acessar aquelas conversas quando eu quiser e me lembrar de pessoas especiais, vai ser difícil. A memória não dura pra sempre e, apesar dos pesares, o Facebook nunca vai ser o Orkut. Seja isso para o bem ou não.

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