QUE COISA MARAVILHOSA QUE É O AUTO-AMOR ESTAR NA MODA

19 de jul. de 2015

De uns tempos para cá, eu tenho visto um bando de menina no meu facebook atualizando a sua foto do perfil. Tá, bacana, isso acontece o tempo todo. O que é que tem de tão diferente nisso? Meninas que antes viviam com o seu cabelo liso ou então com aquele ondulado juro-que-não-foi-babyliss-mas-na-verdade-foi estão agora assumindo seus cabelos reais. Muitas que antes tinham cabelos longos, aderiram a cortes mais curtos e estão assumindo seus cachos e ondas naturais.

Esse fenômeno também anda tomando conta de Hollywood. Acabei de assistir Trainwreck com a Amy Schumer e não posso descrever o quão bom foi assistir um filme onde a personagem principal é uma garota normal. Tá, também tem um bando de atriz que também tem aquela típica característica de menina normal (Milla Kunis, Natalie Portman...), mas é refrescante (sim, eu tentei traduzir refreshing) poder ver pessoas que tem o mesmo perfil, rosto, corpo que a gente conquistando as telonas. É bom poder se sentir representada por Hollywood, seja através da Amy, da J-Law, da Demi ou da Gina Rodriguez - e o mais legal é que andam surgindo cada vez mais pessoas fugindo do padrão Hollywood/sociedade (tipo a participante do Miss USA do ano passado).

Eu mesma parei de alisar a minha franja e resolvi aceitar o meu cabelo ondulado-as-vezes-querendo-ser-cacheado do jeito que ele é. Ok, que as vezes os cachos estão meio feios aí eu (re)faço essas partes com o babyliss, mas no geral eu aceitei e embraced (hoje tá complicado com as palavras. Rápido, alguém me dá um dicionário!) o meu cabelo do jeitinho que ele é. Eu poderia ser hipócrita e falar que também aceitei o meu corpo, mas ainda não estou lá. Um passinho de cada vez.

Apesar de ter um bando de gente idiota que fica pitacando sobre o corpo alheio, e um bando de publicitário e companhias idiotas objetificando o corpo feminino e tentando ditar a maneira de como uma mulher deve ser, é uma coisa muito boa olhar a TV e se sentir abraçada por personagens fortes que te representam. É bom poder ver mulheres fazendo coisas maravilhosas e dando um basta para o que a sociedade acha que elas podem fazer ou não. É muito bom ver gente que eu conheço - não precisa ser nem minha amiga não - se aceitando e se amando.

O post não tem cabimento e nem é pra ter. É um puro desabafo de contentamento com a sociedade e para onde estamos a caminho com ela. Se o começo dos anos 2000 foi a época das chapinhas e cabelos lisééérrimos, estamos agora numa fase de auto-amor e girl power contagiante. Ainda temos muita coisa pra fazer, mas estamos em um belo começo.

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